Condenado a nove anos de prisão na Itália por estupro coletivo, o atacante Robinho, atualmente sem clube, deverá cumprir a pena no Brasil, em liberdade. Isso acontece porque o país não extradita seus cidadãos condenados em outros lugares do mundo. Nesta quinta-feira (20), o UOL Esporte publicou uma entrevista feita pela repórter Janaina Cesar com a mulher vítima de estupro.
A albanesa, que preferiu não se identificar, pediu que outras mulheres denunciem casos de estupro ao redor do mundo: “Mulheres, denunciem, não tenham medo de seus agressores porque diante de cada agressor há outras dez pessoas boas prontas a te ajudar: um amigo, um familiar, um policial competente, um juiz, mas, sobretudo, a Justiça”.
Ela ainda reiterou que a Justiça não apaga a dor que sofreu: “Mesmo que ela (Justiça) não seja totalmente reconfortante, porque nunca pagará a dor, a raiva ou fará você voltar a ser a pessoa que era antes, a Justiça será reconfortante para outra mulher. Uma mulher que pode ser nossa mãe, nossa amiga, nossa irmã ou nossa filha. Só denunciando podemos evitar que isso volte a acontecer”.
Robinho não entra em campo desde julho de 2020
Ele ainda atuava pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia, quando jogou pela última vez. A partida aconteceu em 19 de julho, e a equipe na qual Robinho atuava ganhou por 2 a 0 do Kayserispor. O atacante esteve em campo por apenas dois minutos. Em outubro de 2020, ele chegou a ser anunciado pelo Santos, mas o clube voltou atrás após inúmeras manifestações negativas de torcedores, especialmente as mulheres.