Neste começo de 2023, um assunto voltou à tona no futebol brasileiro: a retomada de torcida única em jogos entre rivais. A medida, tida como importante para evitar a violência entre criminosos vestidos de torcedores, é polêmica e voltou a ser pauta de reuniões entre as autoridades responsáveis pela segurança pública. 

No Rio de Janeiro, o Ministério Público, através do procurador Rodrigo Terra, se manifestou favorável à realização de clássicos com torcida única. Depois dessa declaração, houve uma reunião nesta sexta-feira (10) entre representantes dos clubes cariocas, da federação estadual, do governo do RJ e de autoridades federais. 

Por hora ficou descartada a torcida única nos jogos entre os rivais cariocas. A decisão foi formalizada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (RJ). 

Governo federal condena torcida única

Indo ao encontro do que foi decidido por Cláudio Castro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou de forma contrária à realização de jogos com torcida única. 

"Cheguei no Rio ontem (sexta) no meio deste tema. E lamento a forma da condução do assunto. Não é com torcida única que vamos resolver a violência do futebol no Brasil. Essa medida é quando o Estado assume incompetência na gestão do debate. Creio que temos que nacionalizar, federalizar o asssunto, reunir estados, governo federal, contar com a ajuda da CBF. Quando o estado diz que precisa de torcida única ele diz que não tem condicao de atender ao cidadão. Vamos trabalhar para avançar esse debate", disse Secretário Nacional do Futebol e de Direitos do Torcedor, José Luis Ferrarezi, em evento realizado neste sábado (11).