Após a derrota do Santos, de virada, para o Audax Italiano por 2 a 1 em partida válida pela Copa Sul-Americana, dois jogadores do Peixe relataram terem sido alvo de racismo por parte da torcida do clube adversário: Ângelo e Joaquim.
O meia-atacante foi quem falou publicamente sobre o tema, após o apito final. Segundo Ângelo, ao ser substituído ele ouviu alguns torcedores gritando “mono”, que é “macaco” em espanhol.
“Foi um torcedor. Quando eu saí eles começaram a me xingar, normal. Coisa de jogo sul-americano. Quando fui chegando perto da bandeirinha para sair, um torcedor me xingou de “mono, hijo de puta” e fazer gestos de macaco. Acabei xingando ele de volta e pedi para o auxiliar fazer algo. Só que, como sempre, as pessoas se omitem, não fazem nada. São cúmplices de atos racistas. É complicado porque a gente fala, faz vídeo, divulga para não fazer isso e as pessoas continuam fazendo. Espero que a Conmebol tome uma ação. Olhem as câmeras do estádio, da televisão e não só fale “basta de racismo”. Que a Conmebol tome atitude”, disse o atacante em entrevista.
Joaquim, que acompanhou o jogo da arquibancada, também foi alvo de racismo. Segundo o Santos, o jogador estava em uma área localizada no 4º andar do estádio. Quando deixava o local foi alvo de injúria racial por parte de torcedores do Audax Italiano.
Veja também
Dono de gigante do futebol europeu "atravessa" o PSG e faz proposta de R$ 4 bilhões para comprar o Santos
Santos se posiciona
Pelas redes sociais, o Santos emitiu uma nota oficial sobre o tema. O Peixe lamentou mais relatos de racismo contra os atletas do clube e cobrou da Conmebol uma punição.
“O Santos Futebol Clube, novamente, vem a público denunciar e repudiar com veemência mais um caso de racismo no futebol. Dessa vez, os alvos das injúrias raciais foram nossos jogadores Ângelo e Joaquim. Os dois atletas foram atacados verbalmente e com gestos imitando macacos por torcedores adversários presentes na partida de hoje.
O crime foi denunciado pelo Santos FC, ainda dentro do estádio, para os representantes da Conmebol. Com os dois casos registrados oficialmente, o clube aguarda o posicionamento da entidade diante desta situação inaceitável.
Como já foi dito, o racismo não deve ser apenas combatido, mas também punido severamente“, informou a nota.