A vitória do Flamengo sobre o Olimpia no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, trouxe à tona mais uma vez o debate sobre a dupla de ataque formada por Bruno Henrique e Gabigol. A atuação da dupla, que resultou no gol da vitória rubro-negra, fez a alegria da torcida e levantou questionamentos sobre sua possível convocação para a seleção brasileira.
Veja também
Milton Neves elege as cinco torcidas mais felizes do futebol brasileiro; veja lista
O comentarista Walter Casagrande, durante o programa ‘Fim de Papo’, do UOL Esporte, não poupou elogios à dupla flamenguista, destacando a jogada que resultou no gol contra o Olimpia e exaltando a rara sintonia e habilidade que os dois atacantes têm em campo.
“Gabriel e Bruno Henrique têm esse entrosamento mais perfeito que os outros, os dois sabem dependendo da posição em que um pega a bola e o outro está na área, sabe o que fazer. Bastou o Gabriel olhar onde está o Bruno Henrique e saiu o gol, se você prestar atenção o Gabriel pega a bola, dá uma olhadinha, dá uma levantada na cabeça e joga a bola, porque ele já viu o Bruno Henrique lá, ele já sabia, ele deu um passe, não foi nem um cruzamento. Esse tipo de dupla não existe mais, é raro”, disse.
Agora estão mais velhos
A discussão sobre a presença de Bruno Henrique e Gabigol na seleção brasileira é um tema recorrente, e para Casagrande, fica evidente que esses jogadores foram mal aproveitados pelo técnico Tite durante seu comando na Seleção Brasileira. A dupla é vista como um trunfo que poderia ter sido explorado de forma mais intensa, levando em conta o talento e a capacidade de ambos de mudar o panorama de uma partida.
“Será que é tarde demais para testar [Bruno Henrique e Gabigol] na seleção brasileira? São dois jogadores muito mal aproveitados pelo Tite, muito mal aproveitados. Mereciam no momento de auge, 2019, 2020, ter a chance de ter jogado os dois como atacantes da seleção brasileira. Eles mereciam e deveriam ter feito isso. Agora, claro, estão mais velhos”, opinou.
“O Bruno Henrique voltou de contusões difíceis. Está jogando muito bem, mas agora você tem o Tiquinho Soares, que joga para caramba e também merece uma chance na seleção. Mas por que o Tite nos privou de ver Bruno Henrique e Gabriel jogando como dupla de ataque da seleção brasileira? Isso eu não consigo entender. Já não entendia na época e não consigo entender hoje. Gabriel e Bruno Henrique não tiveram a oportunidade de jogarem juntos uma partida, não teve”, finalizou Casagrande.