Jorge Sampaoli, recentemente nomeado técnico do Flamengo, está ameaçando entrar com uma queixa-crime contra o apresentador Neto. O treinador deseja que o apresentador da Band esclareça perante a Justiça as insinuações de que ele teria sido racista enquanto dirigia o Santos. As declarações foram feitas no programa Os Donos da Bola, no dia 18 de abril.
Conforme relatado pelo Notícias da TV, Neto será intimado nos próximos dias para prestar esclarecimentos. No processo em andamento no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Sampaoli busca inicialmente entender os motivos que levaram o apresentador a acusá-lo de racismo.
O advogado Raphael Fisori, representante do treinador e membro do escritório Amorim & Fisori Advogados Associados, explica que os próximos passos dependerão das alegações de Neto.
“A ação que entramos serve para fundamentar uma futura queixa-crime, um processo de indenização ou até mesmo uma retratação. Geralmente, os advogados entram com esse pedido para que o declarante compareça ao tribunal e explique os motivos pelos quais ele falou ou alegou o que foi dito”, explicou Fisori à coluna.
“Neto terá que explicar se realmente quis dizer aquilo ou não. Ele também pode se retratar perante o tribunal”, concluiu o advogado.
Durante o programa Os Donos da Bola, em 18 de abril, Neto revelou uma conversa que teve com Serginho Chulapa, na qual o ex-atacante afirmou que o preparador de goleiros do Santos, conhecido como Arzul, teria maltratado Sampaoli.
Fala do Neto
“Ele [Jorge Sampaoli] foi racista no Santos, nunca cumprimentou ninguém, nunca falou português: ‘Por favor, não, senhor, me desculpe…’. Esse baixinho, idiota. Isso aí é uma vergonha, pinto pequeno, não sabe nada de bola. É uma vergonha o Flamengo contratar um cara desse”, disse.
“Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém”.