Mundial de Clubes 2025: emoção, zebras e despedidas
A fase de grupos do Mundial de Clubes de 2025 chegou ao fim, deixando para trás uma mistura de emoções entre os fãs de futebol. Tal como ocorre nas Copas do Mundo, esta etapa inicial do torneio proporcionou uma série de jogos emocionantes e momentos de pura adrenalina, que agora se transformam em saudade para muitos entusiastas do esporte.
No entanto, nem todos os torcedores compartilham desse sentimento de nostalgia, já que algumas equipes se despediram da competição de maneira decepcionante. As expectativas desempenham um papel crucial na análise do desempenho das equipes.
Para um clube semiprofissional como o Auckland City, conseguir um empate de 1 a 1 contra o poderoso Boca Juniors foi um feito notável, talvez até mais significativo do que a derrota de 10 a 0 sofrida contra o Bayern de Munique, uma equipe altamente profissionalizada e predatória.
Para os neozelandeses, o resultado contra os argentinos foi motivo de orgulho e celebrou a essência do futebol como esporte imprevisível. Por outro lado, equipes mais tradicionais enfrentaram a eliminação precoce com um misto de frustração e decepção.
Atlético de Madrid
Boca Juniors e Atlético de Madrid foram algumas das grandes surpresas negativas do torneio. A eliminação desses gigantes do futebol não se deu apenas pela saída antecipada, mas também pelo desempenho insatisfatório e pelos resultados inesperados que acompanharam suas campanhas.

Enquanto times como o Auckland City viveram momentos de glória inesperada, gigantes como Boca Juniors, Atlético de Madrid e River Plate deram adeus ao torneio de forma melancólica. (Foto de Alex Grimm/Getty Images)
A eliminação do Atlético de Madrid no chamado “Grupo da Morte” não foi totalmente surpreendente, dado o nível das equipes adversárias. O técnico Diego Simeone reconheceu a dificuldade do grupo, que contava com os campeões da Libertadores e da Champions League.
Apesar de somar os mesmos seis pontos que Paris Saint-Germain e Botafogo, o Atlético foi eliminado devido aos critérios de desempate, após uma derrota contundente por 4 a 0 para o PSG na estreia. O Botafogo, ao vencer o PSG em um jogo histórico, complicou ainda mais a situação do Atlético.

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Para avançar, o time espanhol precisava de um tropeço dos franceses contra o Seattle Sounders ou de uma vitória contundente sobre o Botafogo, por no mínimo três gols de diferença. O triunfo veio, mas por apenas 1 a 0, insuficiente para garantir a classificação.
Boca Juniors e River Plate
Assim, apesar de um investimento muito superior ao dos seus concorrentes, o Atlético de Madrid se despediu do torneio como uma das decepções. Já o Boca Juniors teve uma campanha ainda mais frustrante. Embora a torcida argentina tenha dado um espetáculo de apoio, dentro de campo a equipe não conseguiu corresponder às expectativas.
No Grupo C, o Boca empatou com o Benfica e perdeu por 2 a 1 para o Bayern de Munique, resultados que, embora dignos, não foram suficientes para avançar. A expectativa de vitória na última rodada sobre o Auckland City, para ao menos terminar a competição de forma honrosa, não se concretizou, culminando em um empate de 1 a 1.
O resultado contra o time neozelandês, que conta com jogadores que dividem o tempo entre o futebol e outras profissões, foi um dos momentos mais embaraçosos para os xeneizes. O empate, conquistado graças a um gol contra, foi recebido como um vexame.
A única consolação para o Boca Juniors foi ver seu arquirrival River Plate também ser eliminado na fase de grupos, onde Inter de Milão e Monterrey avançaram. Assim, enquanto algumas equipes celebram suas façanhas, outras retornam a seus países com a difícil tarefa de refletir sobre seus desempenhos e expectativas não alcançadas.