Seleção Brasileira derrotada
O ex-jogador Walter Casagrande não poupou críticas à CBF após a Seleção Brasileira fechar a campanha das Eliminatórias com o rendimento mais fraco visto desde que a competição passou a ser disputada em pontos corridos (1996). Superado pela Bolívia, em El Salto, o Escrete Canarinho terminou na quinta colocação, fato que para Casão pode ser justificado pelas turbulências e a instabilidade da entidade.
Na visão dele, a demora do ex-presidente Ednaldo Rodrigues em contratar um novo técnico para substituir Tite foi determinante para o processo de turbulência e de resultados ruins da equipe na competição nas 14 rodadas que antecederam a chegada de Ancelotti.
“A responsabilidade total de tudo o que aconteceu nessas Eliminatórias é da CBF e principalmente do ex-presidente Ednaldo Rodrigues. Tudo. Porque ele não contratou um treinador logo depois que o Tite já havia anunciado que iria sair em 2022”, avaliou Casagrande.
Outro ponto levantado por ele é que o sucessores de Tite, Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior mantiveram o discurso de montar um time em torno de Neymar e ficaram esperando o atacante por muito tempo. A última partida do camisa 10 na Seleção Brasileira ocorreu em outubro de 2023.

Dorival Júnior ficou oito meses no cargo e se despediu após 16 jogos (Foto: Pedro Vilela/Getty Images)
E os números?
Diante do revés frente à Bolívia, a Seleção Brasileira encerrou as Eliminatórias com 28 pontos, ocupando a quinta colocação. O índice se tornou a pior campanha no recorte do formato atual do torneio, disputado desde 1996, tendo superado negativamente a campanha do ciclo de 2002, quando o escrete computou 30 tentos em 18 jogos realizados.
Ao longo da trajetória, o Brasil somou oito vitórias, quatro empates e seis derrotas, com 51% de aproveitamento, com 24 gols anotados e 17 tentos sofridos.

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Quando o Brasil joga novamente?
Com as Eliminatórias concluídas e a vaga na Copa do Mundo garantida, a Seleção Brasileira volta a campo em outubro para mais dois amistosos, nos dias 10 e 14 de outubro, contra Coreia do Sul e Japão, em Seul e Tóquio, respectivamente.
Nos próximos meses que antecedem a disputa da Copa do Mundo, a CBF visa ambientar a equipe de Carlo Ancelotti com quase todas as escolas do futebol mundial, iniciando pelos asiáticos. Para a janela de jogos de novembro, a entidade objetiva marcar amistosos contra europeus e africanos.