Carlo Ancelotti inicia trajetória na seleção brasileira equilibrada com testes
Depois de apenas oito partidas, contando jogos oficiais e amistosos, a seleção brasileira de Carlo Ancelotti mostra um começo cuidadoso, mas com alguns momentos de ousadia no ataque.
Foram quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, o que rende 58,33 % de aproveitamento. A equipe marcou 14 gols e sofreu só 5, uma prova de defesa firme mesmo estando em fase de mudança.
A palavra de ordem é renovação. Desde maio, o técnico chamou 53 jogadores diferentes em cinco listas — algo raro em tão pouco tempo. Ele busca equilíbrio entre defesa, meio-campo e ataque: já testou oito zagueiros e dezoito atacantes, porém mantém volantes experientes para dar segurança aos mais jovens.
Entre os mais lembrados estão Bruno Guimarães e Casemiro, cada um presente quatro vezes, além dos goleiros Hugo Souza e Bento, do lateral Wesley e do atacante Richarlison. Mas quem realmente brilhou foi a nova geração, liderada por Estêvão.
O jovem já fez cinco gols em sete jogos e virou titular absoluto. Vinicius Júnior e Rodrygo também ganharam espaço, com dois gols cada, enquanto Bruno Guimarães somou um gol e duas assistências, confirmando seu papel de líder no meio-campo.

Carlo Ancelotti na Seleção: 58 % de aproveitamento, 14 gols, 53 jogadores testados; destaque para Estêvão e Bruno Guimarães rumo à Copa 2026.
Números revelam avanços e pendências atuais
Os dados frios contam só parte da história. Uma análise mais cuidadosa mostra melhora clara na defesa, que leva em média 0,63 gol por jogo — índice raro nos últimos anos. O saldo de nove gols positivos mostra que, mesmo sem um ataque ainda totalmente fluido, a seleção evita riscos desnecessários e acelera apenas quando tem vantagem numérica.
Esse estilo contrasta com o começo explosivo de Tite, que venceu mais de 90 % dos primeiros jogos, mas caiu de rendimento em mata-matas. Já comparado ao início de Dorival Júnior, Ancelotti tem o mesmo aproveitamento de 58 %, porém com saldo de gols quatro tentos maior, sinal de evolução lenta, porém visível.

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Olhar para a Copa de 2026
Até o Mundial, o Brasil disputará Eliminatórias, amistosos com grandes europeus e possivelmente a Copa América. Serão ótimas chances para fortalecer a união do grupo e preparar o time para momentos de pressão.
Carlo Ancelotti deve diminuir aos poucos o rodízio, concentrando minutos em quem mostrou serviço, mas seguirá observando revelações do futebol nacional para manter a equipe competitiva.




