Faltando pouco mais de um mês e meio para o início da Copa do Mundo no Catar, muitos países tem se juntado para protestar e até mesmo boicotar a realização do evento no país do oriente médio.
As principais manifestações tem como destaque a França e a Dinamarca, que tiveram posicionamentos mais diretos a respeito do Catar.
Exploração de trabalhadores é a principal crítica
Em maio deste ano, a Anistia Internacional pediu para a Fifa pagar uma indenização de pelo menos 440 milhões de dólares (R$ 2,27 bilhões) aos trabalhadores migrantes que sofreram abusos no Catar, país anfitrião da Copa do Mundo de 2022. Ainda este ano, jornais internacionais noticiaram que milhares de trabalhadores envolvidos nas obras da Copa acabaram falecendo e tendo suas mortes sendo escondidas pelo governo do país.
Paris, capital da França, e outra centenas de cidades ao redor do país, resolveram boicotar esta edição da Copa, e não exibirão em espaços públicos as partidas realizadas no torneio. O prefeito de Paris deu suas explicações.
“Para nós, não estava em questão organizar espaços com telões (para a transmissão da Copa do Mundo) por várias razões: a primeira são as condições em que essa Copa foi organizada, tanto em termos ambientais quanto sociais. A segunda é o fato de acontecer em dezembro”, disse Rabadan.
A Dinamarca resolveu se manifestar de forma mais clara. Os dinamarqueses resolveram não exibir o seu escudo em nenhum dos três uniformes apresentados para a participação no mundial, e a marca esportiva responsável pela criação dos uniformes deu fortes declarações sobre os motivos que levaram eles a ter essa atitude.
“Nós não queremos propagar nossa imagem durante um torneio que custou milhares de vidas. Nós apoiamos a seleção dinamarquesa até o fim, mas isso não é o mesmo que apoiar o Catar como país sede”.
A Copa do Mundo do Catar está marcada para ter seu início no dia 20 de novembro, com o confronto entre Catar x Equador, abrindo assim, o Grupo A desta edição do torneio.