Desde que o Catar ganhou odireito de sediar a Copa do Mundo de 2022, enfrenta algumas críticas sem precedentes, disse o emirXeque Tamim bin Hamad al-Thani, nesta terça-feira.
“Inicialmente, lidamos com o assunto de boa fé”, afirmou o xeque Tamim em um discurso político televisionado, acrescentando que algumas das críticas iniciais foram construtivas.
Segundo ele, uma campanha contra o Catar se expandiu para “incluir invenções e padrões duplos que foram tão ferozes que infelizmente levaram muitas pessoas a questionar as verdadeiras razões e motivos por trás da campanha”.
Sendo o primeiro país do Oriente Médio a sediar a Copa do Mundo, o Catar se tornou alvo de intensas críticas internacionais por seu tratamento a trabalhadores estrangeiros e leis sociais restritivas.
O país espera cerca de 1,2 milhão de visitantes durante o mundial, criando um desafio logístico e policial tendo em vista que o pequeno Estado do Golfo Árabe nunca recebeu um número tão grande de imigrantes ao mesmo tempo.
Tamim disse que sediar a Copa do Mundo é “um grande teste para um país do tamanho do Catar”.
Segundo o emir, Doha introduziu reformas, incluindo regras para resguardar os trabalhadores do calor e um salário mínimo mensal de 275 dólares, e diz que continua a desenvolver seu sistema de trabalho.
A mão de obra no país é composta por 85% de imigrantes em uma população de cerca de 3 milhões. O Catar está entre os maiores produtores de gás natural do mundo e uma das maiores economias mundial.