No céu!
Chiquinho Conde está encantado com os resultados que tem alcançado desde que se sentou na cadeira de sonho e assumiu o leme da Seleção de Moçambique. Desde então, os Mambas atingiram duas fases consecutivas do Campeonato Africano das Nações (CAN), o que não ocorria desde 1998, sendo que a última presença tinha sido em 2010, e voltaram a marcar presença no CHAN, onde não estavam há nove anos. O treinador destacou ainda a importância da experiência de Dominguês e do génio de Geny Catamo.
A cadeira de sonho de Conde
“A minha perspetiva enquanto treinador sempre tive em mente transmitir conhecimentos e valências aos meus jogadores. A minha cadeira de sonho foi sempre ser selecionador nacional de Moçambique. Quando menos esperava, surge o convite para assumir os destinos da seleção em 2021. Abracei esta possibilidade”, começou por dizer o antigo avançado numa entrevista que concedeu ao jornal A BOLA.
Olhando para a equipa moçambicana, o selecionador falou sobre dois jogadores. O veterano Dominguês e o criativo Catamo.
“É um jogador fantástico, infelizmente com a idade vamos perdendo algumas faculdades, mas é diferenciado, pensa e executa rápido, empresta ao futebol aquela fantasia que muitos não têm, o jogo de rua, traz isso, essa alegria de jogar, como faz o passe ou dribla. Cativa o público, é marcante. É ele que vai ditar quando vai deixar de jogar na seleção”, disse, revelando ainda que o médio que atua na União Desportiva do Songo pretende defrontar o filho Diego Pelembe que milita nos Black Bulls.
Geny, o Messi moçambicano
Quem tem liderado esta nova vaga do talento made in Moçambique é Geny Catamo.
“Conheço-o desde tenra idade quando representava o Maxaquene e ele era conhecido como Messi, tinha um pé esquerdo que fazia a diferença. Depois, fez o trajeto dele na formação, passou depois pelo Black Bulls e pelo Amora. Teve a sorte de poder estar inserido num clube fantástico como o Sporting. Ruben Amorim foi corajoso em ter apostado nele porque viu no Geny condições mais do que suficientes para poder dar esse salto, o que é importante”, salientou.
Geny Catamo é o melhor jogador moçambicano da atualidade?
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“Com a humildade dele, a crença, o desejo de crescer. É um menino fantástico, normalmente os canhotos são sempre bons jogadores. Está a fazer um trajeto fantástico, no ano passado marcou dois golos ao grande rival Benfica, isso fica sempre marcado. Na seleção, jogamos mais num 1x4x2x3x1 e ele atua pelo lado direito para poder fazer as diagonais que tanto gosta, também tem liberdade para estar no meio na posição 10. Ele é muito versátil. Dou-lhe a liberdade para poder divertir-se e tentar tirar o melhor dele. E Geny tem sido extraordinário”, detalhou.