Locomotiva ‘apanha’ novos passageiros

Continuam as movimentações de mercado entre os clubes do Moçambola. O Ferroviário de Maputo contratou Abdul Karim, que na última temporada brilhou pelo Desportivo de Nacala. Já o Baía de Pemba vê-se numa situação aflitiva, em risco de perder quase metade do plantel.

Após vencer a Taça de Moçambique, o Ferroviário de Maputo procura agora fazer uma boa prestação nas eliminatórias da Taça Nelson Mandela. Para isso, está a preparar alguns ajustes no plantel e daí ter piscado o olho ao extremo tanzaniano. Karim marcou 5 golos em 10 partidas, ele que chegou a Nacala apenas a meio da temporada.

O clube já garantiu também os serviços do médio Sampaio (ex-Associação Desportiva de Vilankulo), Cuco (ex-Ferroviário de Lichinga) e Nélio Mboane (Manuel), que jogou no sector recuado do Baía de Pemba. Em sentido contrário devem estar Bororo, Dany, Raymond e Abbas, que não convenceram Caló, o ‘maquinista’ do Ferroviário.

Por outro lado, referir ainda que António Sumbana, um dos melhores jogadores da equipa na primeira fase do campeonato, transferiu-se para os campeões Black Bulls.

António Sumbana aqui ao serviço do Ferroviário de Maputo. Foto: Clube Ferroviário de Maputo

Baía a ‘desmpembar’ no Moçambola

Ou a despencar. É que além de Nélio Mboane, o Baía de Pemba está na iminência de perder mais nove dos jogadores que representaram o emblema no último Moçambola. A maior baixa será provavelmente a do guarda-redes Mokas, que tem sido associado a outro Ferroviário – o da Beira. No entanto, é mesmo provável que todo o quarteto defensivo faça as malas.

As notícias mais recentes dão conta de que Sataca Jr., Kambala e Guidêncio vão pois mudar-se para a capital. Já o médio Mapangane deve reforçar a Associação Desportiva de Vilankulo. No ataque, também se prevêem baixas. Gulamo Salimo deve seguir os passos do irmão Raul e rumar ao Ferroviário de Lichinga.

O emblema da Baía vai perder também os jogadores que o ano passado chegaram por empréstimo. Pene Simango e Danilo Pombo regressam ao Costa do Sol e Simon Cipriano volta à casa-mãe, os Black Bulls. Ainda assim, o destino dos três é incerto, pelo que o Baía da Pemba poderá até tentar renovar a cedência dos jogadores.

Dança de treinadores

Para a sucessão de Mark Harrison no UD Songo avançam-se com dois nomes portugueses. Luís Gonçalves, antigo selecionador nacional, é uma forte hipótese. O técnico não treina desde que saiu do Interclube angolano em 2023/2024. Tinha então uma vitória em sete jogos.

Em segundo lugar nas opções está Rogério Gonçalves. Curiosamente, o Interclube foi também o último trabalho do técnico, que orientou o emblema em 2022/2023. O português passou pelo Moçambola há uns anos, onde treinou o Ferroviário da Beira e o de Nampula, coadjuvado por… Nuno Silva, hoje um dos membros da equipa técnica hidroeléctrica.