Nélson Santos foi apresentado como treinador do Costa do Sol na última quarta-feira (4). O português está assim e oficialmente de regresso marcante a um emblema que conhece bem; foi no clube de Maputo que deu os primeiros passos como treinador principal e onde conquistou três títulos importantes.
Desde então o percurso do técnico tem sido rico em experiências internacionais e em diferentes cargos. Na última temporada, liderou os sub-23 do Mafra, no seu país natal, mas em 2023 esteve na Coreia como treinador-adjunto, cargo que também ocupou em 2021 no Sudão. Em Moçambique, comandou ainda dois Ferroviários, de Mapula em 2022 e de Maputo em 2018.
Na sua apresentação, Nélson Santos mostrou-se emocionado com este ‘voltar a casa’. “Desde o momento em que surgiu esta possibilidade, não hesitei. O Costa do Sol é a minha casa em Moçambique. Foi aqui que comecei como treinador principal e onde conquistei os primeiros títulos da minha carreira”, afirmou o português.
Um só objetivo: vencer
O Costa do Sol não vence qualquer troféu nacional desde 2020, quando ergueu a Supertaça de Moçambique aos céus. O último Moçambola remonta a 2019 e a mais recente Taça de Moçambique é do ano anterior. Perante este cenário, Nelson Santos tem como ambição maior devolver o clube ao topo do futebol moçambicano.
“Este é o clube mais titulado de Moçambique. A nossa missão, enquanto equipa técnica, jogadores e direção, é clara: voltar a conquistar troféus“, garantiu o treinador, que no palmarés tem uma Taça de Moçambique e dois títulos do Torneio da Cidade de Maputo.
O delicado equilíbrio
Equilibrar o rendimento desportivo com a sustentabilidade financeira é a linha central do projeto do Costa do Sol, pelo que Nélson Santos sabe que a grande aposta deve passar pela formação. “Fomos sempre um clube com jogadores com talento. Temos que aproveitar e exportar jogadores para mercados mais competitivos. Queremos ser uma referência a nível internacional”, apontou.
Colocando o clube sempre em primeiro lugar, o técnico garantiu que não haverá, na sua equipa, margem para vedetismos. “Nenhum jogador é maior do que o clube. A estrela é o Costa do Sol, e quem pensar diferente não vai trabalhar comigo“, avisou, mostrando-se alinhado com os valores dos canarinhos.
Nélson Santos sucede assim a Horácio Gonçalves, seu compatriota, que, na despedida, deixou um desejo: “Espero que futuramente encontrem um treinador que consiga conquistar mais títulos do que eu”, disse o português, que também dirigiu a Seleção Nacional numa breve trajetória em 2021.