As palavras de Cafu!
Cafu abordou o atual momento da Seleção do Brasil e criticou a instabilidade que tem assolado os pentacampeões mundiais. Com efeito, desde que Dorival Júnior foi despedido, ainda não foi apresentado o sucessor dele. Entre as opções da cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão os nomes de José Mourinho, Jorge Jesus, Abel Ferreira e Carlo Ancelotti.
“Falta um ano e meio e há pouco tempo para trabalhar. Se há pouco tempo para trabalhar, escolham um treinador brasileiro, que já está no Brasil, conhece o futebol brasileiro, conhece os jogadores”, começou por dizer o antigo futebolista ao jornal A BOLA.
Em seguida, o capitão da canarinha cita alguns nomes que poderiam comandar a seleção. “Vejo, hoje, Rogério Ceni como grande nome, Renato Gaúcho, o Roger que está fazendo um trabalho fantástico no Internacional de Porto Alegre… Por que não pensar também nesses nomes ao invés de pensar só em nome de treinadores estrangeiros que nem sabemos se vêm ou não?!”, questionou.
Quem deverá ser o próximo selecionador do Brasil?
Quem deverá ser o próximo selecionador do Brasil?
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Cafu explica preferências…
“Não só o Jorge Jesus, como o Ancelotti, o próprio Abel, são treinadores que estão sendo especulados. Essa indefinição é muito má, até para nós respondermos. Acho que tinha de haver uma definição. Não sei por quê este segredo… Isto gera uma expectativa muito grande“, acrescentou.
Nesse sentido, Cafu critica a gestão da CBF. “Para o mercado é como se dissesse: estou a leiloar o cargo na seleção brasileira. Isto, para o futebol brasileiro, é muito mau. Todos esses treinadores têm capacidade, como têm também os técnicos brasileiros”, sublinha.
“Seleção do Brasil tem cinco estrelas mundiais no peito”
Além disso, o ex-jogador defende as razões que o levam a desejar que o próximo selecionador seja… brasileiro. “Preferiria, sem dúvida alguma. Brasil é o único pentacampeão do mundo, cinco estrelas no peito, país a ser respeitado. Não que não possa contratar um treinador estrangeiro, mas, por este tempo. Estamos a um ano e meio do Mundial. Coloquem um técnico brasileiro e vejam o resultado, o lugar em que vai ficar. Baseado nisso, toma-se uma decisão depois”.
Por fim, o antigo ala direito falou sobre o jejum de conquistas do Brasil, que não ganha o Mundial desde 2002. “O problema da seleção, hoje, somos nós, os jogadores. Eu incluo-me. Independentemente da escolha do treinador, quem está em campo somos nós”, sinalizou antes de finalizar.
“A responsabilidade não é do treinador, não é do dirigente… O Ednaldo Rodrigues não joga, o Dorival não joga, a torcida não joga, os parentes não jogam. Quem joga somos nós, a responsabilidade maior é nossa. Temos de parar de inventar desculpas“, rematou o antigo internacional de 54 anos.