Depressão!
Fredy Guarín falou sobre os últimos anos e detalhou a depressão que teve quando atuava no Vasco da Gama do Brasil. Atualmente, o ex-jogador do FC Porto vive numa clínica de reabilitação na Colômbia.
Período atribulado
“Ia para a favela no Brasil, envolvia-me com qualquer mulher sem proteção. Abandonei-me por completo. Bêbado, ia atrás do perigo, da adrenalina, ver armas, o movimento. Não calculava mais o risco de nada”, confessou, em declarações à Radio Caracol.
“Vivia no andar 17.º e desliguei-me da vida, de tudo. A minha reação foi saltar da varanda. Mas, por sorte, tinha uma tela de proteção. Saltei e voltei para trás. Obviamente que estava inconsciente em relação a tudo o que estava a acontecer”, recordou.
Guarín, atualmente com 38 anos e a viver numa clínica de reabilitação na Colômbia na cidade de Envigado, onde cuida de cavalos e trata da adição ao álcool.
Os atletas deveriam ter mais apoio especializado?
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“Sabia que podia morrer”
“Sabia que poderia morrer a qualquer momento. Cheguei a esse ponto, não me importava de causar danos”, disse.
O colombiano chegou ao Vasco da Gama em setembro de 2019, proveniente dos chineses do Shanghai Shenhua, e destacou-se nesse período com três golos marcados em 12 jogos do Brasileirão.
“Foram seis meses que fizeram eu me sentir o homem mais feliz do mundo”, rebobinou.
Porém, no início de 2020 separou-se da segunda esposa e dois meses depois começou a pandemia e apareceu os problemas dele com as bebidas alcoólicas.
Nesse ano, fez apenas três encontros no emblema do Rio de Janeiro e o vínculo foi rescindido em agosto. Regressou ao Milionários e pouco depois colocou um ponto final na carreira.
No próximo ano, de acordo com a Rádio Caracol, o antigo jogador vai ser embaixador, nos EUA, de uma campanha de saúde mental direcionada para atletas.
Nas três temporadas e meia em que representou o FC Porto, o cafetero venceu a Europa League, três edições da Liga Portugal, por três vezes a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira em outras três ocasiões.