Final antecipada!

Moçambique e Mali vão defrontar-se nesta sexta-feira (15), a partir das 18h00 (menos duas em Portugal Continental), num encontro da 5.ª jornada do Grupo I da fase de apuramento para o CAN’2025.

O duelo, que vai ser transmitido na Sport TV 3, é uma espécie de final antecipada e que vai ter como palco o Estádio Nacional do Zimpeto, em Maputo.

Mambas atrás da história

Asseguradas todas as questões de segurança, os comandados de Chiquinho Conde podem dar um passo de gigante rumo a Marrocos, país que irá acolher de 21 de dezembro de 2025 a 18 de janeiro de 2026 a prova.

Decorridas quatro jornadas, os moçambicanos contabilizam oito pontos, fruto de dois triunfos, dois empates, sete golos marcados e três consentidos. E dependem apenas deles para carimbarem o passaporte para terras marroquinas.

Guima quer presente de anos

Na projeção ao decisivo encontro antes os malianos, Guima foi o porta-voz da confiança dos anfitriões.

“Foi uma luta difícil até aqui, estamos numa situação difícil em que dependemos apenas de nós, que é boa. Temos um jogo importante, tal como foram os anteriores, estamos confiantes, preparados, que é o mais importante, não alguns aspetos, mas sem dúvidas que estamos preparados e tentaremos dar uma alegria ao povo moçambicano”, disse o médio que festeja nesta quinta-feira (14) 29 anos.

Qual vai ser o desfecho da partida?

Qual vai ser o desfecho da partida?

Moçambique
Mali
Empate

4 PESSOAS JÁ VOTARAM

O jogador dos turcos do Igdir FK está de volta às opções após ter falhado os últimos dois compromissos devido a lesão.

“Tentaremos conseguir finalizar já o apuramento para o CAN antes do último jogo contra a Guiné-Bissau. Infelizmente tive uma lesão, mas neste momento, sinto-me 100% recuperado e pronto para ajudar. O grupo é que trás a força e junto vamos conseguir o que temos proposto. Queremos estar pela segunda vez consecutiva numa CAN”, disse.

Olhando para o Mali, o experiente atleta espera aproveitar as lacunas do opositor.

“Aproveitar o facto de ser uma equipa um bocado desorganizada, os jogadores da frente não defendem muito, podemos ter mais bola no meio-campo ofensivo e podemos ainda explorar outro ponto fraco deles que são os lances de bola parada”, observou.

Zimpeto com lotação esgotada

A finalizar, o internacional fez um apelo. “Que nos venham apoiar e quem são muito importantes. É esperar que encham o Zimpeto. É com a força deles que vão dar um bocadinho mais”.

Mali é um forte opositor

Ao lado de Guima na conferência de imprensa, estava Chiquinho Conde. O selecionador destacou as qualidades do adversário, mas mostrou-se confiante.

“Tentaremos não mudar muito a nossa matriz. O Mali é um adversário forte, é sempre um candidato a ficar em primeiro no grupo, por isso é que foi cabeça de série, mas não só pela humildade e compromisso que temos tido até aqui, já demonstrámos que somos uma equipa forte”, realçou.

“Independentemente de jogar A, B ou C. A equipa sabe perfeitamente o que tem de fazer. O nosso forte é o coletivo, pese as individualidades que temos. O nosso principal objetivo é estarmos presentes nas grandes competições”, acrescentou.

Em caso de sucesso, a Seleção de Moçambique poderá apurar-se pela segunda vez consecutiva para a fase final do CAN, algo que não ocorre desde a dobradinha em 1996 e 1998.

“É um dado importante, serve para memória futura. Naquilo que conseguimos controlar, temos um grupo extraordinário de jogadores e que nos faz sonhar sempre. Queremos alcançar algo grandioso, é esse o nosso objetivo. Ainda era jogador nessa altura. Temos essa possibilidade com uma geração fantástica de jogadores, o CAN é uma montra, temos essa possibilidade. Voltamos a estar na ribalta do futebol africano. É um privilégio”, sinalizou o líder dos mambas.

Caos político e social

Conde acredita que o público pode ser a chave que vai decidir o duelo desta sexta-feira em Maputo.

“Jogando em casa, com o apoio do nosso público, estaremos mais próximos daquilo que almejamos. Apelo a todos que se desloquem ao Estádio do Zimpeto”, disse, sem esquecer a tensão política e social que tem assolado o país nas últimas semanas.

“Não estamos indiferentes a tudo aquilo que tem acontecido no país. É também por eles que jogamos. Lutaremos sempre para conquistar sempre algo grandioso e dar uma alegria e satisfação a todos aqueles que se sentem tristes e dececionados com o que tem vindo a acontecer”, apontou.

Na ronda um, as duas seleções empataram a uma bola em Bamako. Na ocasião, Geny Catamo inaugurou o marcador, mas o médio Yves Bissouma fez o empate já na etapa complementar.

Malianos a conta gotas

Do lado maliano, as contas são semelhantes às de Moçambique, em caso de sucesso, carimbar uma vaga na fase final do CAN’2025. As águias também contabilizam oito pontos, fruto de duas vitórias e outros tantos empates, fizera apenas três golos e consentiram um.

Para a final em Maputo, o selecionador Tom Saintfiet foi obrigado a ter de mexer na lista inicial que elaborou. Face às lesões do defesa Moussa Diarra e dos avançados Moussa Djénépo e Lassine Sinayoko foi chamado Amadou Danté, que milita no Arouca.

“Lesionei-me no último fim de semana. Não poderei estar nos jogos contra Moçambique e Essuatíni. Mas que os meus colegas fiquem tranquilos, o meu coração está com eles e que todas as minhas preces acompanhem a seleção. Acredito neles, sei que vão estar à altura do desafio e vão garantir a qualificação”, declarou um dos ausentes, Djénépo do Antalyaspor, em declarações ao site Footboom.

A comitiva maliana tem chegado a contas a Maputo, na antevéspera da partida, foram oito os atletas que aterraram em solo moçambicano: Adama Traoré, Sékou Koïta, El Bilal Touré, Nene Dorgelès, Mamadou Sangaré, Kamory Doumbia, Ismaël Diawara e Abdoulaye Diaby. Durante esta quinta-feira (14), devem chegar o lateral-direito Amadou Danté e o defesa-central Ibrahima Cissé.

Este vai ser o quarto confronto entre as duas congéneres, nos anteriores, Moçambique soma uma vitória, o Mali um triunfo e no último duelo anularam-se. Neste momento, além do anfitrião Marrocos, já garantiram o passaporte para a fase final da prova Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Egito, Argélia, Angola, RD Congo, Camarões, Burkina Faso e Senegal.

Onzes prováveis:

Moçambique: Ernan Siluane; Infren, Mexer, Reinildo Mandava e Bruno Langa; Amade Momade, Ricardo Guima e Pedro Santos; Clésio Baúque, Geny Catamo e Stanley Ratifo.

Mali: Diarra; Doucoure, Diaby, Fofana, Diakite; Sangaré, Dieng, Camara; Sekou Koita, Bissouma e Touré.