O Fado no Samba

O Mundial de Clubes entra nas eliminatórias e logo nos oitavos de final vamos ter um dos mais aguardados embates da prova até ao momento, um escaldante Palmeiras x Botafogo e com dois treinadores portugueses em ação: Abel Ferreira e Renato Paiva, técnicos respetivamente de Verdão e Fogão.

Estão a torcer por quem?

Estão a torcer por quem?

Verdão!
Fogão!

4 PESSOAS JÁ VOTARAM

Este é um jogo que está a fazer “parar” o Brasil e que, além dos clubes em confronto, tem também o aliciante de colocar frente a frente dois amigos. Sem dúvida, este é um dos detalhes mais interessantes do desafio. Contudo, no relvado isso fica ligeiramente posto de lado. Desta forma, partilhamos algumas das declarações que o técnico botafoguense disse em antevisão ao duelo.

Equipa tem de assumir mais posse e ter equilíbrio: “O que tenho de fazer em qualquer jogo, seja a eliminar ou não, é vir preparado. Ter um plano A, mas também antecipar situações – uma expulsão, um golo cedo. Tentamos planear tudo, mas nunca se controla tudo num jogo. Sinto que neste torneio ainda não conseguimos controlar a bola como devíamos. Quero uma equipa mais equilibrada e que assuma o jogo frente ao Palmeiras.”

Que preocupação terá Renato Paiva para o jogo do Botafogo?

Preocupação de Renato Paiva com um possível prolongamento para o Botafogo: “Sim, preocupa-me. No Brasil já jogamos com grande carga, viagens longas, competições seguidas. Um prolongamento pode afetar muito a qualidade do jogo. Preferia que não houvesse, mas não sou eu que faço as regras.”

Crítica à visão romântica do jogo: “Alguém disse-me que podíamos ter sido mais ofensivos contra o Atlético Madrid. Perguntei quantas vezes viu a nossa equipa este ano. Disse que nenhuma. Isso é o futebol Walt Disney – um futebol de fantasia. Estou muito orgulhoso do que fizemos. Foi o grupo mais difícil e somámos seis pontos.”

Prevê-se mais um grande confronto entre duas das melhores equipas brasileiras da atualidade. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images.

“O Brasil trata muito mal os seus jogadores, treinadores, presidentes e dirigentes”

Valorização do futebol brasileiro: “Estou orgulhoso com o que conseguimos. O futebol brasileiro precisa de mais autoestima. Muitos surpreendem-se, mas eu não. Espero que o Flamengo e o Fluminense também avancem. Quem passar, continuará a representar bem o Brasil.”

Troca de mensagens com Abel Ferreira: “Quando o Abel ganhou a Libertadores, mandei-lhe uma mensagem a dizer que era um orgulho. Agora ele fez o mesmo comigo. Se ele se chatear por eu contar isto, paciência…que leve um amarelo.”

Forma como o Brasil trata os seus profissionais: “Pois, o Brasil trata muito mal os seus jogadores, treinadores, presidentes e dirigentes. Há sempre foco no que está mal. Mesmo que haja 50 coisas boas, só se fala da má…e as redes sociais pioraram isso. Precisamos de mais reconhecimento interno.”