Hildeberto Pereira, internacional cabo-verdiano, acusou positivo num teste antidoping. Com passagens profissionais, em Portugal, por Benfica, Vitória de Setúbal e Portimonense, rescindiu contrato com o Universitatea Cluj. O clube romeno, onde estava desde o início da temporada, aceitou o pedido do jogador após o controlo antidoping positivo, que teve lugar no dia 6 de setembro.

Positivo a furosemida

O extremo acusou positivo a furosemida, considerada uma substância diurética e que é indicada para o tratamento da pressão alta leve a moderada. Ademais, é igualmente utilizada como doping para perda de peso. Segundo o jornal romeno Fanatik, assim que tomou conhecimento do resultado do teste, ‘Hilde’ pediu a rescisão de contrato, algo que foi imediatamente aceite pelo Cluj.

O ex-Benfica foi um dos 11 jogadores testados no clube e arrisca-se a ter uma suspensão entre dois a quatro anos. Mas, em comunicado, o jogador defendeu-se e reagiu em conformidade.

“Não tomei com a intenção de melhorar o meu desempenho”

Hildeberto Pereira, jogador de futebol profissional que atuou recentemente no Universitatea Cluj, gostaria de esclarecer uma situação recente. Submeteram-me a um teste antidoping, que deu positivo para a substância furosemida. Quero deixar bem claro que não tomei nenhuma substância com a intenção de melhorar o meu desempenho desportivo, mas sim por um assunto pessoal que esclarecerei e justificarei no local apropriado“, começou por referir.

“Esta situação é, sem dúvida, muito difícil e impactante para mim, mas estou empenhado em colaborar plenamente com as entidades que regulam estas matérias. Compreendo a gravidade da questão e, por isso, decidi rescindir imediatamente o meu contrato com o Cluj. Esta decisão tem como objetivo permitir que me concentre nos procedimentos e formalidades necessários, assegurando que todo o processo decorre com a máxima transparência e eficiência”, assegurou o jogador de 28 anos.

Por fim, demonstrou-se focado na resolução e grato pela compreensão: “Estou determinado a apresentar a minha defesa e justificações para que esta situação seja resolvida o mais rapidamente possível, permitindo assim o meu regresso à atividade profissional. Agradeço a compreensão de todos, e mantenho a esperança e o compromisso de respeitar a verdade, que acredito ser sempre a melhor forma de resolver qualquer questão”, concluiu.

O jogador tomou a atitude certa em pedir a rescisão com o clube?

O jogador tomou a atitude certa em pedir a rescisão com o clube?

Sim, era o mais correto a fazer.
Não, devia ter esperado pela decisão do clube.

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O clube de Hildeberto Pereira defendeu-se da situação

Por outro lado, também em comunicado, o Universitatea Cluj expressou o seu desapontamento com a situação. Além disso, esclareceu que não tinha conhecimento de como é que a substância proibida entrara no organismo do jogador. “O clube não tem conhecimento de como a substância entrou no corpo do jogador. Se essa prática ilegal aconteceu, foi sem o conhecimento da equipa médica”, afirmou o clube, aproveitando para salientar o compromisso que têm com valores de competição justa e ética pessoal e profissional.

O jogador realizou sete jogos, com um golo marcado, ao serviço da equipa. O conjunto romeno está, neste momento, isolado no primeiro lugar da classificação do campeonato, com 30 pontos e apenas uma derrota em 15 partidas. Assim, esta situação marca um desfecho prematuro e nada feliz para a experiência de Hildeberto Pereira na Roménia.