Samu Omorodion chegou este verão a Portugal, ao FC Porto, e precisou de pouco tempo para se tornar numa das figuras de destaque do campeonato. Depois de ter dado uma entrevista à RTVE, o avançado voltou a prestar declarações, mas desta vez à agência EFE, tendo abordado vários temas.
“Vamos lutar por títulos”
Num primeiro momento, Samu foi questionado acerca do rápido impacto que teve no Futebol Clube do Porto, com o jogador a admitir que está “muito feliz”, naquele que considera ser “o melhor clube de Portugal”, e aponta à conquista de títulos. “Estou contente pela forma como comecei a temporada. Cheguei a um clube e a uma equipa em que as minhas características encaixam bem. Estou muito feliz. É uma equipa ofensiva, que gosta de jogar. O melhor clube de Portugal, pelo qual vamos lutar por títulos“, afirmou.
Questionado sobre o calendário de jogos, o avançado do FC Porto, na primeira vez que está a jogar nas competições europeias, foi direto. “Agora joga-se quarta e domingo, com poucos dias de recuperação, e temos as taças. São muitos jogos. Não somos robôs, temos de descansar. As pessoas pensam que dois dias de descanso são suficientes para nós. Mas cada jogo exige muito de nós e temos de recuperar bem”, disse o goleador da equipa portista.
Sobre este assunto, ainda acrescentou o seguinte: “É normal que haja tantas lesões. Se olharmos para os calendários de todas as equipas que jogam nas competições europeias, fazemos 60 jogos…é incrível. É complicado. A verdade é que não sou ninguém para dizer nada, mas uma solução não seria má”, concluiu.
“O presidente não iria embora enquanto não me contratasse”
Samuel (“Samu”) Omorodion Aghehowa recordou igualmente o seu processo de transferência para Portugal e o papel que o presidente André Villas-Boas teve nas negociações entre os dois clubes. “Desde o primeiro minuto que senti o interesse que tinham em mim. O presidente veio a Madrid e disse que não iria embora enquanto não me contratasse. É dessa confiança que um jogador necessita. Quero agradecer ao presidente e ao clube pela aposta que fizeram em mim“, salientou o jogador espanhol.
Neste momento, de facto, encontra-se integrado nos trabalhos da seleção espanhola de sub-21, com vista à qualificação para o Europeu. Ainda assim, nem tudo foram momentos positivos, nos últimos tempos, e aproveitou para recordar o verão que antecedeu a mudança para Portugal.
“No Atlético de Madrid estava a treinar à parte. Não me sentia integrado na equipa. Treinava, mas a minha cabeça dizia-me ‘não’. Nunca ninguém me explicou por que não contavam comigo. Eu e a minha família passámos mal, houve muitas noites em que chorei. Mas, no final, tudo acabou por se resolver e tomei a melhor decisão”, rematou.
Nota para o facto de que, durante este mesmo verão, Samu conquistou a medalha de ouro com a Espanha nos Jogos Olímpicos em Paris. Contudo, esteve a treinar à parte no Atlético, como referido acima, e até acabou por não ir para o Chelsea, como estava previsto.
Samu Omorodion continuará a destacar-se pelo FC Porto?
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“Não se deve menosprezar a liga portuguesa”
Tendo já uma opinião formada acerca da competitividade do principal escalão português, o ex-Atlético foi categórico na sua opinião. “Há pessoas que olham para a Liga portuguesa como se fosse, com todo o respeito, um campeonato ao nível de uma terceira divisão de Espanha. Mas há jogadores de grande nível, pelos quais se pagaram muitos milhões, e há equipas com um grande nível também. Obviamente, não é a liga espanhola, mas não se deve menosprezar a liga portuguesa“, defendeu.
Perguntaram-lhe também sobre o seu ídolo de infância e o jogador nascido em Espanha, mas filho de pais nigerianos, respondeu: “Gostava muito do Samuel Eto’o. Revejo-me um pouco nele. Espero que consiga ter, pelo menos, metade da carreira que ele teve.”
Recordamos que, neste arranque de temporada, Samu Omorodion soma sete golos em sete jogos pelo FC Porto, entre Liga Portugal (quatro golos) e Liga Europa (três golos). Contratado pelos dragões ao Atlético de Madrid, no final do mercado, o avançado custou cerca de 15 milhões de euros por 50% do passe.