Ter Stegen em guerra com Barcelona

O Barcelona enfrenta uma situação inédita com Marc-André Ter Stegen. De acordo com o jornal Mundo Deportivo, a direção blaugrana prepara-se para abrir um processo disciplinar que poderá culminar numa sanção interna para o guarda-redes. Recorde-se que ele sofreu uma lesão grave no início da época 2024/25, pelo que não entra nos planos de Hansi Flick para 2025/26.

Recentemente, Ter Stegen sofreu uma nova lesão, mas não autorizou o envio do seu relatório médico ao Comité Médico da La Liga. Isto impede o Barcelona de usar parte do seu salário como margem de fair play financeiro para inscrever o reforço Joan García. Segundo a mesma fonte, esta decisão insere-se numa “guerra” contra o clube.

Guarda-redes bloqueia inscrição de Joan García

O Barcelona tem vivido uma situação financeira precária nos últimos anos, com dificuldades nas inscrições de jogadores na La Liga. O clube pretende então recorrer ao mecanismo que permite utilizar até 80% do salário de Ter Stegen como compensação, caso a sua lesão seja considerada de longa duração (cinco meses ou mais).

No entanto, como os dados clínicos do jogador são confidenciais, a sua autorização é obrigatória. Nenhum outro jogador do Barça havia recusado tal consentimento, nomeadamente Andreas Christensen e Ronald Araújo, quando possibilitaram a inscrição de Dani Olmo e Iñigo Martínez A recusa de Ter Stegen representa, assim, um bloqueio à estratégia da direção catalã.

Joan García é reforço do Barcelona. Foto: Getty Images

De acordo com o Mundo Deportivo, o clube tentou abordar o jogador pessoalmente após o regresso da digressão asiática, com o objetivo de discutir o procedimento. Posteriormente, enviou-lhe uma notificação oficial a solicitar uma conversa, mas a resposta do internacional alemão foi clara: não quer assinar.

Capitão assombra Troféu Joan Gamper

Assim, o Barcelona acredita que a atitude de Ter Stegen está a causar prejuízos desportivos e financeiros ao clube, bem como aos seus colegas, em especial Joan García. Embora reconheça o direito do jogador à privacidade, a direção liderada por Joan Laporta considera que também existem deveres contratuais para com a entidade empregadora, pelo que se prepara para ativar os seus serviços jurídicos.

Aliás, a intervenção cirúrgica de Ter Stegen já havia sido controversa. O jogador anunciou nas redes sociais que estaria afastado por três meses, enquanto o clube preva uma recuperação de cinco meses. O relatório clínico do Barcelona mencionava então uma “reoperação”, indicando uma recaída em relação à cirurgia lombar realizada em 2023.

Apesar da frustração com a postura do capitão, a direção acredita que este ainda poderá recuar. Ambas as partes deverão reunir esta semana para avaliar as implicações legais da disputa. Ainda assim, a questão da braçadeira de capitão estará em foco na apresentação aos sócios no Troféu Joan Gamper, este domingo (10), diante do Como.