“Uma bola parada mudou o encontro”

O Manchester United de Ruben Amorim “chumbou” no primeiro teste de grau de dificuldade mais elevado. Os red devils foram vergados por 2-0 na deslocação ao terreno do Arsenal, no clássico que marcou a 14.ª jornada da Premier League.

O treinador português, em declarações à DAZN Portugal, logo após a derrota contra os gunners, comentou sobre vários aspetos, entre eles o facto dos visitados conseguirem marcar dois golos de canto (uma “especialidade da casa”). O luso admitiu que é uma das situações em que a equipa tem de melhorar.

“Na primeira parte foi um jogo equilibrado. Tivemos bola, mas faltou-nos agressividade no último terço. Depois do intervalo, uma bola parada mudou completamente o encontro. Eles são muito perigosos nisso e nós sem tempo para treinar…mas tentámos ao máximo. Contudo, quando em vantagem, sabem segurar o jogo, ganhar mais cantos e mais livres”, explicou, assim, Amorim.

Ruben Amorim admitiu que “faltou velocidade”

“Tornou-se complicado e acabámos por não conseguir dar a volta. Tivemos algumas boas saídas, mas faltou velocidade nesse processo. Houve igualmente capacidade de ter a bola e oportunidades nossas de bola parada. Acho que foi aí a grande diferença”, analisou assim o ex-treinador do Sporting, mostrando-se consciente de que o caminho a percorrer não será nada simples.

Mas que é que Ruben espera melhorar? Eis a resposta: “Tudo. A agressividade junto da baliza, a nossa capacidade de ter mais bola, que hoje tivemos. Melhorar as bolas paradas, obviamente. Tivemos as nossas oportunidades, mas não conseguimos concretizar” salientou.

As bolas paradas decidiram o jogo. Foto: Imago.

City e Tottenham no horizonte

Antes do jogo, o técnico luso tinha falado numa tempestade. “Conhecendo o futebol e o que já aconteceu, e tendo a experiência no Sporting, sabemos que o primeiro momento é sempre muito difícil. Estamos a mudar muita coisa. Vai demorar tempo. Antes de melhorar, as coisas, por vezes, podem piorar.”

Por fim, o facto de ter 22 jogadores utilizados foi motivo de abordagem: “Espero vencer todos os jogos e isso é impossível fazê-lo sem rotação. Depois, tenho de conhecer os jogadores e percebê-los. Estamos a mudar de metodologias e eu não posso arriscar. Às vezes tenho de poupar. É mais por aí”, concluiu.

Os próximos compromissos do Manchester United são contra Notthingam Forest (dia 7), para a Premier League, e Viktoria Pilsen (12), para a Europa League. Após isso, virá o também aguardado jogo contra o Manchester City de Pep Guardiola (15) e o duelo a eliminar frente ao Tottenham, este para a Taça da Liga (19).