Thomas Muller deixou muitos e fortes elogios a Florian Wirtz
O avançado Thomas Muller, do Bayern Munique, que dispensa qualquer tipo de apresentações, abordou, esta quarta-feira, a milionária transferência do médio Florian Wirtz para o Liverpool por 137,5 milhões de euros, que poderá, mediante os objetivos alcançados, atingir os 150 milhões de euros e não foi propriamente delicado ou politicamente correto.
Em entrevista concedida à CBS, Thomas Muller, que já é uma espécie de lenda viva do Bayern Munique, declarou, relativamente aos números envolvidos: “O que são 150 milhões? É surreal. É só um número entre clubes. Quem consegue imaginar o que 150 milhões significam?”

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O internacional alemão, indiferente às muito prováveis e variadas críticas de que será alvo após esta entrevista, prosseguiu, procurando elevar a discussão sobre o tema para um patamar mais profundo, porém, talvez, dificilmente compreendido: “Não pode ter o Neymar, mas pode plantar muitas árvores. Como se avalia o que significam 150 milhões? Não consegue coisas boas com 150 milhões, consegue coisas muito boas, e até muitas coisas muito boas.”
Elogios a Florian Wirtz exibem ausência de inveja
Rematando sobre esta questão, evitando ser acusado de inveja ou outro tipo de críticas mesquinhas, Thomas Muller é claro na avaliação do futebolista com o qual atuou na seleção alemã: “Florian Wirtz encaixa-se em qualquer equipa. Ele não é só um jogador de futebol de excelente qualidade, mas também muito forte mentalmente.”
Thomas Muller é um exemplo raro nos dias que correm de fidelidade e amor ao clube onde se formou, pois chegou aos iniciados do Bayern Munique em 2002 e passou 23 anos ao serviço do colosso bávaro, 16 dos quais na equipa principal, após estrear-se aos 18 anos. Haverá quem o acuse de ser muito bem pago, mas é sabido que durante a sua carreira não faltaram propostas altamente sedutoras e financeiramente superiores ao que auferia no Bayern Munique.
Despedida forçada após falta de proposta de renovação
Thomas Muller nunca protagonizou qualquer novela, ao longo da carreira, dando conta de querer abandonar o Bayern Munique e abraçar uma mudança, desejada por maior parte dos futebolistas, para a Premier League, pela competitividade, o ambiente nos estádios e, obviamente, pelos salários principescos pagos naquele campeonato, onde nem é preciso estar-se num dos clubes candidatos ao título.
Aos 35 anos, Thomas Muller continua a sentir-se em condições de competir ao mais alto nível, contudo os responsáveis do Bayern Munique não partilham o ponto de vista do futebolista que, esta época, contribuiu para a reconquista do título, com oito golos e sete assistências em 1.911 minutos. O futebolista não foi convidado a renovar e deverá rumar a um clube da Major League Soccer (EUA), onde não lhe faltam interessados.

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A forma como o Bayern Munique lidou com Thomas Muller, mereceu críticas de Markus Babbel, antigo defesa do colosso bávaro: “É típico do Bayern Munique. Até Franz Beckenbauer e Gerd Muller foram corridos. Não são capazes de dizer, olhos nos olhos, ‘já não és suficientemente bom para nós e não te queremos ver a suplente ou nas bancadas. Mas fizeste tanto por nós que mereces sair com uma ovação de pé dos adeptos’. Não consigo acreditar na forma como o trataram.”