Bruno Langa vai à Champions League
Moçambique terá mais um representante na Champions League! Trata-se de Bruno Langa, defesa do Pafos. A equipa cipriota recebeu o Estrela Vermelha esta terça-feira (26), na segunda mão do play-off de acesso à competição. O empate 1-1 foi suficiente para garantir uma qualificação inédita.
Isto porque, na primeira mão, o Pafos tinha vencido por 2-1 fora de portas. Em ambos os encontros, o internacional moçambicano entrou no decorrer da segunda parte, desempenhando um papel importante para estabilizar o setor defensivo. Assim, Langa terá agora a oportunidade de se exibir nos maiores palcos do futebol.
Pafos faz história
Na segunda mão, depois de uma primeira parte equilibrada e sem golos, o Pafos sofreu aos 60 minutos. Mirko Ivanic recebeu a bola à entrada da área e, sem hesitar, rematou forte e contou com desvio num defesa para enganar o guarda-redes.
Contudo, já perto do fim do tempo regulamentar, surgiu um momento de inspiração de Jajá. Após uma bola parada, o avançado brasileiro antecipou-se à defesa e disparou de primeira para o poste mais distante. O golo trouxe a festa para os cipriotas, que viram a sua histórica qualificação confirmada com o apito final.
Moçambique no maior palco
Com esta conquista, a história de Moçambique na Champions League ganha um novo capítulo através de Bruno Langa. O lateral-esquerdo, que se formou no Maxaquene e nos Black Bulls, junta-se então a Geny Catamo, do Sporting, autor do primeiro golo moçambicano na competição.

Reinildo Mandava em ação na Champions League. Foto: Getty Images
Por sua vez, Reinildo Mandava, atualmente na Premier League, já somou 25 presenças na prova, com passagens por Lille e Atlético de Madrid. Foi o primeiro moçambicano a chegar aos quartos de final e chegou mesmo a integrar a equipa da época. Mas o pioneiro foi Simão Mate Júnior, que representou o Panathinaikos na fase de grupos da edição 2010/11.
Em tempos mais antigos, jogadores nascidos em Moçambique chegaram a erguer a antiga Taça dos Campeões Europeus. As lendas do Benfica, Eusébio, Mário Coluna e Jorge Calado, que tinham nacionalidade portuguesa, foram protagonistas nas conquistas de 1960/61 e 1961/62, deixando uma marca imortal na história do futebol europeu.