Obra em construção!
Chiquinho Conde destacou as diversas tarefas e desafios que tem enfrentado desde que assumiu o leme da Seleção de Moçambique em 2021. O selecionador, que passou a sentar-se na cadeira de sonho, recordou parte do trabalho que a equipa técnica que lidera tem levado a cabo e que já começou a dar vários frutos, avisa, porém, que há um longo caminho a trilhar.
Empreitada arrancou em 2021
“Foi uma missão patriótica espinhosa. A Seleção de Moçambique estava quase arredada das grandes competições. Há quase 14 anos que não participava na fase final de um CAN, há nove anos que não ia a um CHAN. Quando iniciei o projeto, procurei juntar as pessoas que poderiam agregar valor. Como o Tiago Matos que agora trabalha nos escalões de formação da Federação Portuguesa de Futebol”, recordou o técnico numa entrevista que concedeu ao jornal A BOLA.
“Todo o trajeto como atleta e treinador deixa-me orgulhoso. Tive o privilégio de estar ligado à seleção como jogador. Fui convocado pela primeira vez para um CAN, em 1986, numa prova que decorreu no Egito com os meus dois irmãos. Algo inédito, três irmãos participarem na fase final de uma prova em simultâneo. A partir daí, dei o trampolim”, acrescentou.
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Como jogam os Mambas?
O técnico explicou como atuam os Mambas, que exploram um 1x4x2x3x1 que tenta extrair as melhores características dos jogadores moçambicanos, mas que também exige compromisso e inteligência para o interpretar.
“O modelo de jogo é simples e privilegia as características naturais do jogador moçambicano, dando liberdade para o jogo de rua, do drible seja feita nos últimos 30 metros do terreno. Os jogadores acreditaram no nosso modelo de jogo e divertem-se. Consequentemente, os resultados surgiram. Há um grande trabalho por fazer nos escalões de formação, é preciso fazer essa transição”, sublinhou.
A Seleção de Moçambique vai estar no Mundial 2026?
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Mundial 2026? É possível
Numa altura em que o sonho do Mundial é bem real, Chiquinho Conde assume o desafio de marcar presença na competição que vai decorrer em 2026 nos EUA, Canadá e México.
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“É um sonho, nem o mais cético dos adeptos dos Mambas acreditaria que poderíamos estar nesta altura com os mesmos pontos do que a Argélia, temos todas as reais possibilidades de podermos sonhar com a qualificação para o Mundial. Ganhado os jogos contra o Uganda, em março, e a Argélia, poderemos continuar a sonhar. Temos de ir jogo após jogo e acreditar que temos essa possibilidade. O sonho comanda a vida”, contou.
Há vários meses que Moçambique atravessa uma crise política, social e humana. Neste período, os sucessos da seleção têm sido festejados de forma ainda mais efusiva. “O povo está ávido de vitórias e alegrias. As vitórias dos Mambas ajudam a esquecer, por momentos, a apaziguar situações de conflito. tentamos minimizar o sofrimento do nosso povo, é um momento triste e constrangedor. Que que de direito possa encontrar uma solução”, pediu.
Povo moçambicano tem vibrado com os feitos dos Mambas. Foto: Imago.