Novos dados vindos a público na investigação do Ministério Público Italiano às claques de AC Milan e Inter de Milão sugerem que um grupo radical da claque nerazzurri planeou um brutal ataque os adeptos do Benfica que, em 2023, se deslocaram ao Giuseppe Meazza.
Jogo quente
A ideia de criar um grupo violento dentro da Curva Nord terá nascido em 2019, após uma tentativa de emboscada de ultras do Barcelona aos do Inter, em Milão. Na altura, a polícia evitou os confrontos, mas a “semente da inspiração” foi plantada.
Andrea Beretta, líder da claque, afirmou, em conversa imediatamente posterior com homens da sua confiança, que “gostava de ter” à sua disposição ferramentas, “como os cabos de picareta” dos hooligans blaugrana, para, “pelo menos em casa”, encetar confrontos não apenas com adeptos adversários mas também com a polícia.
Terá concretizado o objetivo: a 19 de abril de 2023, esse mesmo grupo, dividido em dois, preparou um ataque brutal aos benfiquistas que viajaram para assistir ao jogo da equipa da Luz para a Champions League.
Irá esta investigação do Ministério Público Italiano melhorar a segurança nos estádios transalpinos?
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“Vínhamos cheios de varas, chaves inglesas, era para os esmagar a todos. Sabes o que se passava no McDonald’s com as chaves e os ferros que tínhamos? Com aqueles paus de madeira, íamos matá-los como cães!”, pode ler-se na transcrição telefónica tornada agora pública pelas autoridades italianas.
O ataque da claque do Inter aos adeptos do Benfica foi impedido pela força policial, que intercetou o grupo antes de este chegar ao local onde se concentravam os portugueses.
Ainda assim, o encontro, que terminou 3-3, não foi isento de incidentes, com os adeptos benfiquistas a lançar tochas para os pisos inferiores do estádio, onde se encontravam os adeptos da equipa da casa.