Julgamento de Luis Rubiales já terminou
As alegações finais do julgamento do ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol Luis Rubiales por agressão sexual à jogadora Jenni Hermoso terminaram esta sexta-feira, não havendo ainda data para a sentença.
Luis Rubiales começou a ser julgado no dia 3 de fevereiro por agressão sexual devido ao beijo a Jenni Hermoso no Estádio de Sydney, no momento em que as jogadoras da seleção de Espanha eram congratuladas pelas autoridades e recebiam as medalhas pelo Mundial que acabavam de conquistar.
Foi ainda julgado por coerção, juntamente com Albert Luque, ex-diretor da seleção masculina espanhola, Jorge Vilda, selecionador naquela altura, e o antigo diretor de marketing da federação Ruben Rivera, por alegadas pressões sobre a jogadora para que fizesse declarações a desvalorizar o sucedido.
Julgamento começou no dia 3 de fevereiro
Nas alegações finais, o Ministério Público espanhol manteve o pedido de dois anos e meio de prisão para o antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, que saiu do cargo em 10 de setembro de 2023.
“Foi um beijo não consentido. Penso que, após o exame, não há dúvida nenhuma”, disse a procuradora Marta Durántez Gil, destacando a “total coerência” de Jenni Hermoso entre o que contou e o seu comportamento “imediato e posterior”, condenando ainda que, em 2025, se continue a questionar “vítimas de agressão sexual” por celebrarem ou por se rirem.
Jenni Hermoso, internacional espanhola. Foto: Getty Images
Foram pedidos dois anos e meio de prisão para Rubiales
“Ela tinha sentimentos contraditórios, queria passar despercebida, que tudo isto não se reduzisse a um beijo não consentido, mas ao triunfo da seleção espanhola. Será que ela é menos vítima por isso?”, acrescentou.
Veja também
José Mourinho reage à vitória do Fenerbahçe contra o Anderlecht na Europa League: “Precisamos mesmo de…”
Já a defesa de Luis Rubiales pediu a absolvição do ex-presidente da RFEF, admitindo que pode ter tido um comportamento inadequado, mas nunca criminoso, com a sua advogada a dizer que “não podemos confundir o pecado e o delito, ou seja, o moralmente reprovável com o penalmente condenável”.
