Somos Fanaticos - Futebol Mozambique
Futebol Europeu

UEFA respondeu aos apelos crescentes para banir Israel e rejeita tomar essa posição, pois defende ser “totalmente diferente da Rússia”

Já morreram mais crianças palestinianas do que civis ucranianos desde o início dos dois conflitos

Aleksander Ceferin, líder da UEFA, discursa num jogo de caridade para as vítimas das cheias na Eslovénia, pátria do dirigente.
© Getty ImagesAleksander Ceferin, líder da UEFA, discursa num jogo de caridade para as vítimas das cheias na Eslovénia, pátria do dirigente.

No entender da UEFA, Israel
e Rússia são casos distintos

A UEFA respondeu, esta quinta-feira, aos crescentes apelos para banir Israel das suas competições, com uma declaração oficial no meio das crescentes pressões, tanto política como desportivamente.

Theodore Theodoridis, grego que ocupa o posto de secretário-geral do órgão que tutela o futebol europeu, respondeu: “Não houve qualquer discussão ou intenção por parte da administração da UEFA” de tomar medidas semelhantes contra Israel em comparação com a Rússia.

Theodore Theodoridis, secretário-geral da UEFA. Foto: Handout/UEFA via Getty Images

Theodore Theodoridis, secretário-geral da UEFA. Foto: Handout/UEFA via Getty Images

O ponto de vista do organismo presidido pelo esloveno Aleksander Ceferin é claro: “Existem duas situações completamente diferentes entre os dois países. Não se esqueçam do início da guerra na Rússia e na Ucrânia e do início do que está a acontecer agora – o que é lamentável, claro – no Médio Oriente”.

Carlos Vicens prega cautela para SC Braga x Lincoln no play-off: “Não podemos tratá-los como se fossem menores”

Veja também

Argumento a fazer lembrar
o de Marcelo Rebelo de Sousa

Para bom entendedor, meia palavra basta e segundo a UEFA, a Rússia iniciou o ataque/invasão à Ucrânia, pelo que está justificado o banimento das provas por si organizadas, enquanto Israel respondeu ao ataque da organização terrorista Hamas, que causou a morte de 1.195 pessoas e o sequestro de 251 civis.

Isto faz lembrar, um pouco (ou muito), a forma como o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa simplificou a questão, em 2023, ao receber o chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal, Nabil Abuznaid: “Eu sei que culpam Israel, mas desta vez foi alguém do vosso lado que começou.”

PUBLICIDADE
A UEFA entende haver uma diferença abismal entre as ações russas na Ucrânia e as israelitas na Faixa de Gaza e não vê qualquer motivo para banir Israel das suas competições. Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

A UEFA entende haver uma diferença abismal entre as ações russas na Ucrânia e as israelitas na Faixa de Gaza e não vê qualquer motivo para banir Israel das suas competições. Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

Número de mortos também
é completamente diferente

Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, foram mortos quase 13.000 civis ucranianos e 47.000 militares ucranianos na defesa da integridade do território ucraniano face à agressão ditada por Vladimir Putin. Isto dá um total de 60 mil mortes e 78 por cento eram soldados ucranianos armados, enquanto apenas 12 por cento eram civis absolutamente indefesos.

Vasco Matos, treinador do Santa Clara, muito agradado com a capacidade da sua equipa em criar lances de perigo

Veja também

Em Gaza, Palestina, a situação, tal como a UEFA afirma, é, de facto, “totalmente diferente“. Naquela região do planeta morreram mais de 80.000 pessoas e é fácil de deduzir que tenham sido todos civis, pois, tanto quanto se sabe, a Palestina não tem um exército que esteja a tentar proteger o povo.

PUBLICIDADE

Em janeiro, a UNICEF reportava um total de 14.000 crianças palestinianas mortas pelo exército israelita, desde o início do conflito, número que já supera o total de civis ucranianos mortos desde o início da invasão russa.

Já morreram mais crianças palestinianas do que civis ucranianos desde o início de ambos os conflitos.Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

Já morreram mais crianças palestinianas do que civis ucranianos desde o início de ambos os conflitos.Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

Têm sido vários os relatos de crianças palestinianas mortas indiscriminadamente por Israel, em campo aberto, por atiradores, ao buscar água e comida. Como se não bastasse, entre as vítimas dos ataques israelitas, encontram-se socorristas e funcionários da ONU, número que ascende aos 408 profissionais da área, pois Israel proíbe ajuda humanitária ao povo palestiniano.

PUBLICIDADE
O desespero do povo palestiniano por comida enquanto Israel afirma não haver fome na Faixa de Gaza.Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

O desespero do povo palestiniano por comida enquanto Israel afirma não haver fome na Faixa de Gaza.Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

Segundo o Programa Alimentar Mundial, 500 mil civis palestinianos enfrentam a fome na Faixa de Gaza: após o bloqueio israelita à ajuda humanitária, entraram em Gaza quase 100 mil toneladas de alimentos, ou seja, 500 gramas de comida diária por pessoa. Já Israel proibiu a pesca e declara não haver fome em Gaza.

Confira nossas últimas notícias no Google News

LEIA TAMBÉM
Manchester City rejeita proposta de €70 milhões do Tottenham por Savinho
Mercado de Transferências

Manchester City rejeita proposta de €70 milhões do Tottenham por Savinho

Fulham quer Rasmus Hojlund, do Manchester United, associado ao Milan
Mercado de Transferências

Fulham quer Rasmus Hojlund, do Manchester United, associado ao Milan

Thomas Frank reage à derrota no PSG x Tottenham da Supertaça Europeia
Futebol Europeu

Thomas Frank reage à derrota no PSG x Tottenham da Supertaça Europeia

Clube italiano lidera a corrida pela contratação de Geny Catamo
Jogadores

Clube italiano lidera a corrida pela contratação de Geny Catamo

Receba as últimas novidades em sua caixa de e-mail

O registro implica a aceitação dos Termos e Condições

+18 | Jogue com responsabilidade | Aplicam-se os Termos e Condições | Conteúdo Comercial

+18 jogue com responsabilidade
Better Collective Logo
GlobalAdsConfig