Formado no Benfica e sem clube desde a passagem no Toluca
O Botafogo fechou a contratação do treinador Renato Paiva. Depois de 55 dias sem um técnico principal, o luso sucederá então ao compatriota Artur Jorge. O português fez história no conjunto botafoguense, mas rumou ao Qatar no início de janeiro e deixou o clube brasileiro.
Renato Paiva iniciou a sua carreira como auxiliar técnico nas camadas jovens do Benfica em 2004 e percorreu todos os escalões jovens até à equipa B. No entanto, depois foi para o Equador comandar o Indepediente Del Valle e chegou a conquistar o campeonato nacional.
Após isso, teve uma rápida passagem no León, do México, antes de ganhar a sua primeira oportunidade no Brasil para assumir o Bahia. Contudo, venceu 19 jogos em 49 partidas e não resistiu mais do que uma época. O seu último trabalho foi nos mexicanos do Toluca, atual clube de Paulinho (ex-Sporting), no qual saiu em dezembro do ano passado.
Renato Paiva foi “o escolhido” de Textor para o Botafogo
Oficializado então como novo treinador do Botafogo, Renato Paiva já foi apresentado no emblema do Rio de Janeiro. O técnico mostrou-se feliz por ter sido o escolhido por John Textor.
“Houve muitos nomes, falou-se de muita gente e o escolhido fui eu. É quase um termo bíblico. No meio de tantos nomes senti-me o escolhido, o “chosen one”, como dizia o John Textor. Ser o “chosen one” deixou-me muito orgulhoso. O escolhido fui eu”, afirmou o técnico de 54 anos, sendo que falou igualmente sobre a grandeza do clube.
Paiva já treinou no Brasil, ao serviço do Bahia. Foto: Buda Mendes/Getty Images.
“Um casamento perfeito”
“É com grande orgulho que chego a este gigante do futebol mundial e brasileiro. Quando surgiu a possibilidade fiz tudo ao meu alcance para chegar a esta cadeira. Estar 18 anos num clube da grandeza do Benfica não é fácil. Depois saí, estive no Independiente del Valle, no León, no Bahia e no Toluca”, recordou.
“A primeira coisa que me fez aceitar foi a grandeza e história do clube e ainda por cima venho no momento em que é campeão brasileiro e da Libertadores. Recusei alguns convites porque não eram projetos, mas esta forma do John Textor olhar para o jogo é a minha cara e da minha equipa técnica. Tenho a certeza de que é um casamento perfeito“, destacou assim o treinador luso.
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Quanto ao processo de escolha dos jogadores e de construção do plantel, Renato Paiva salientou a importância do equilíbrio no Botafogo: “Não vou olhar à data de nascimento. Equilíbrio de jovens e experiência é importante. Contudo, não vamos comprometer os jovens a lançar só por lançar, nem o rendimento da equipa. Queremos ganhar, mas não só por ganhar. Há uma forma que o adepto exige para se ganhar e que eu vou tentar respeitar”, concluiu.
