14 processos disciplinares
O Barcelona perdeu a paciência com as suas claques organizadas e tomou medidas drásticas. Em comunicado, os culés informaram que a bancada do Estadi Olímpic de Montjuïc a elas destinada “foi fechada por incumprimento dos grupos perante as obrigações assumidas com o clube”. A medida afeta já o jogo com o Brest desta terça-feira, a contar para a Champions League.
Na mesma nota, os blaugranarevelam que, “após repetidas advertências”, iniciaram “o processo de recuperação do valor das sanções impostas ao clube pelo comportamento das claques durante a última temporada”. Com efeito, foram instaurados catorze processos disciplinares ao Barcelona.
“Durante este processo, concedemos aos grupos três diferentes prazos para o cumprimento das suas obrigações, sem nenhuma resposta”, pode ler-se ainda. “O FC Barcelona procede assim ao encerramento da bancada”. No entanto, o clube compromete-se a discutir a situação com as claques “uma vez cumpridos os pagamentos devidos”.
Sanções da UEFA
Em novembro, a UEFA puniu o Barcelona por “comportamento racista”, com uma multa de 10 mil euros e a proibição de venda de bilhetes para um jogo da Liga dos Campeões. Dessa maneira, o clube catalão cumpriu o castigo na deslocação ao terreno do Estrela Vermelha.
“O comportamento dos adeptos, tanto nos jogos em casa como nas deslocações, tem trazido numerosas sanções a nível local e internacional. Informamos ainda que o clube reforçará as medidas atuais e dará início às que considere adequadas para evitar que ações semelhantes se repitam no futuro”, assegurou na altura o Barcelona. E cumpriu.
A reação das claques do Barcelona
Albert Yarza, presidente do Penya Almogàvers, reagiu e garante que o seu grupo não vai responsalizar-se. “Queríamos reunir com o Barcelona para falar sobre a situação e estavam dispostos a fazê-lo. Mas apenas se pagássemos 21 mil euros antes, algo que não podemos fazer, porque seria assumir a culpa do grupo”, começou por revelar.
“Chamamos a atenção dos nossos membros para não alimentar cânticos negativos que possam vir de fora. Não temos de ser polícias; o clube tem ferramentas para localizar e punir as pessoas que têm comportamentos reprováveis”, argumentou entretanto.
O líder acrescentou ainda que não se pode criminalizar um grupo por ações individuais. “Somos 572 pessoas e há 14 processos”, concluiu o adepto culé.