Draxler recorda Benfica

Julian Draxler construiu uma carreira notável no futebol europeu, mas a sua passagem pelo Benfica ficou muito aquém das expectativas. O internacional alemão chegou emprestado pelo PSG, numa tentativa de recuperar o ritmo competitivo após várias lesões, mas acabou por realizar apenas 18 jogos de águia ao peito.

Em entrevista ao jornal Le Parisien, Draxler recordou, ainda que de forma breve, a época que viveu na Luz. Além disso, revelou as razões que o levaram a rumar ao Qatar, onde confessa estar a viver uma experiência “maravilhosa”.

“Estou muito feliz no Qatar”

Julian Draxler começou então por dizer: “Sinto-me realizado na minha vida familiar, como pai, marido e jogador de futebol. Estou muito feliz no Qatar. O meu primeiro ano foi um pouco complicado, bem como o fim da minha história no PSG e depois a passagem por empréstimo pelo Benfica, onde acabei por me lesionar. Nunca tive o ritmo necessário para reencontrar o meu nível. Mas a temporada passada foi ótima e foi por isso que renovei o meu contrato até 2028″.

Quando questionado se alguma vez pensou em terminar a carreira de forma precoce, admitiu: “Sim, não é segredo. Mas hoje estou muito feliz. Tenho muito carinho pelo PSG, vivi anos maravilhosos lá. Era uma equipa cheia de estrelas e nem sempre foi fácil para mim. Lamento a maneira como terminou ao fim de seis temporadas”.

O alemão recordou então o momento em que soube que não faria parte do futuro dos parisienses: “Quando voltei do meu empréstimo ao Benfica, em 2023, o PSG deixou claro que não contava comigo. Queria encontrar um projeto que me chamasse a atenção. Nessa altura senti que o fim podia estar a chegar, mas depois lá consegui ir para o Qatar“.

“Nem sempre foi fácil andar em Paris”

Além das lesões, que condicionaram de forma decisiva a sua carreira, Draxler revelou um outro motivo que o levou a deixar Paris: “Tivemos alguns problemas com uma tentativa de roubo que aconteceu pouco antes de ir para o Qatar. Fiquei a pensar nisso. Estava sempre a dizer que era muito cedo [para me mudar] e, depois, isso aconteceu. Olhei para a minha mulher e disse ‘acho que temos mesmo de ir para o Qatar’. Isso foi o que me convenceu”.

Julian Draxler em ação pelo PSG. Foto: Getty Images

Mesmo quando não havia risco para a segurança, o internacional alemão confessou que não lidava bem com a fama: “Nem sempre foi fácil andar em Paris com o meu filho pequeno, precisava de me esconder com um boné. Não sou o Neymar, mas se jogas pelo PSG é difícil teres uma vida normal. No Qatar, é o oposto. Olhas para as pessoas nos olhos. E essa é a vida normal que quero ter”.