O Mundial de Clubes está quase a chegar!
O Mundial de Clubes é a grande novidade do calendário da época 2024/25, disputando-se entre os dias 14 de junho e 13 de julho, nos Estados Unidos da América. Esta nova edição traz um formato inédito, que proporcionará, pela primeira vez na história, múltiplos jogos entre equipas da Europa e da América do Sul. Ainda assim, os duelos entre clubes destes dois continentes já têm uma longa tradição no futebol. A questão que se impõe é: afinal, quem venceu mais?
O domínio sul-americano e a viragem europeia na Taça Intercontinental
O Mundial de Clubes apresenta um novo formato em 2025. Mesmo assim, a competição da FIFA tem uma história recente. Antes disso, entre 1960 e 2004, disputava-se a Taça Intercontinental, onde ocorreram a maioria dos embates entre equipas da Europa e da América do Sul.
Então, durante as primeiras três décadas desta competição, houve superioridade sul-americana. Nesta fase, Peñarol e Nacional, ambos do Uruguai, destacaram-se ao conquistar três títulos cada um. Mais tarde, os argentinos do Boca Juniors juntaram-se a este grupo; foi o último clube sul-americano a vencer este troféu. Em 1981, o Flamengo de Zico derrotou uma das melhores equipas de sempre por 3×0. Destaque também para o São Paulo, que venceu o Barcelona de Cruyff e o Milan, em 1992 e 1993, respetivamente.
A partir da década de 90, as equipas europeias impuseram-se. Então, o Real Madrid, que apenas tinha vencido na estreia da competição, igualou o palmarés dos três clubes sul-americanos. Antes disso, o Milan já tinha alcançado esse patamar. No cômputo geral da Taça Intercontinental, registaram-se 22 vitórias para a América do Sul e 21 para a Europa.
Destaque ainda para os contributos dos clubes portugueses para este historial, mas com desfechos muito diferentes. Enquanto o Benfica perdeu em 1961 diante do Peñarol e em 1962 diante do Santos de Pelé, o FC Porto venceu em 1987 diante do mesmo Peñarol, num jogo memorável disputado sob neve no rigoroso inverno do Japão. Mais tarde, em 2004, os dragões voltaram a vencer, desta vez frente ao Once Caldas, na última edição da Taça Intercontinental.
O domínio europeu no Mundial de Clubes
Considerando a evolução das últimas décadas da Taça Intercontinental, não é surpreendente que o Mundial de Clubes tenha reforçado a supremacia europeia. O exemplo mais evidente é o Real Madrid, que conquistou o título mundial nas cinco ocasiões em que participou na prova.
Ainda assim, importa recordar que as primeiras três edições do Mundial de Clubes alargaram a vantagem das equipas sul-americanas. Corinthians, São Paulo e Internacional foram os primeiros campeões da nova era, mas, a partir daí, apenas o Timão voltou a levantar o troféu, em 2012, última ocasião em que um emblema da América do Sul venceu. Seguiram-se assim os triunfos sucessivos de Milan, Inter Milão, Barcelona, Bayern de Munique, Liverpool, Chelsea e Manchester City.
A presença sul-americana nas finais começou também a rarear. Então, desde 2016, apenas metade das finais contaram com equipas da América do Sul, e sempre do Brasil. Por outro lado, Argentina e Uruguai desapareceram destas decisões, o que reflete a sua perda de influência na Copa Libertadores.
Somando todos os encontros desde a primeira edição do Mundial de Clubes em 2000, a Europa soma 10 vitórias contra apenas 4 triunfos da América do Sul. Além disso, houve um empate logo na primeira edição, que teve uma fase de grupos. Resta assim aguardar pelos resultados da nova edição.