Palmeiras mais forte que o Botafogo

O Palmeiras, de Abel Ferreira, bateu o Botafogo, de Renato Paiva, no duelo brasileiro dos oitavos-de-final do Mundial de Clubes, que colocou frente a frente os dois treinadores portugueses. O jogo não foi brilhante, mais tático, mas o Verdão acabou por decidir no prolongamento e consumar a sua superioridade.

O jogo só ganhou verdadeiro interesse, e não muito, na segunda parte. A primeira foi de estudo mútuo, com excesso de respeito de parte a parte e com as duas formações perfeitamente encaixadas. O Palmeiras, contudo, foi a equipa com mais iniciativa.

A formação de Abel Ferreira ia tendo mais bola e lances de ataque, com mais remates que o Fogão. Contudo, na primeira parte não houve grandes lances de perigo e disparos enquadrados nem vê-los. As defesas iam-se superiorizando aos ataques.

Melhorias após o descanso

O calor era muito, mas não explicava tudo. As equipas anulavam-se, mas o arranque do segundo tempo foi mais animado, muito por culpa da maior intensidade e velocidade nas trocas de bola por parte do Palmeiras. Os comandados de Abel Ferreira iam rematando bem mais.

Todavia, a eficácia na finalização era pobre, ou então John Victor, guarda-redes do Botafogo, ia afastando o perigo. Tal como aconteceu aos 73 minutos, numa grande defesa após cabeceamento de Maurício. Talvez a melhor situação de golo até então.

A festa do golo dos jogadores do Palmeiras com os adeptos: Foto: Francois Nel/Getty Images

Prolongamento quase inevitável

Até final do tempo regulamentar quase só deu Palmeiras, mas o Botafogo foi aguentando o nulo, até tornar praticamente inevitável o prolongamento. Jogo pobre, sem intensidade ou criatividade, mas que acabou por ser resolvido em cima do minuto 100.

O Palmeiras continuou a atacar e a criar os melhores lances e Paulinho, trabalhou bem na direita e rematou colocado de pé esquerdo para o 1-0. O Botafogo foi obrigado a reagir e Renato Paiva lançou o ex-Benfica Arthur Cabral para a pressão final.

A expulsão por duplo amarelo de Gustavo Gómez, perto do fim do prolongamento, intensificou essa pressão do Fogão. Contudo, o Palmeiras sente-se confortável a defender e segurou a vantagem e a passagem aos quartos-de-final do Mundial de Clubes.