Chelsea derrotou o PSG por 3-0

O Chelsea sagrou-se campeão do Mundial de Clubes após um surpreendente 3-0 frente ao PSG. O vencedor da Conference League castigou o ganhador da Champions League na final da nova prova da FIFA. Mas uma cena insólita chamou atenção na hora dos jogadores blues erguerem a taça.

Depois de entregar o troféu ao capitão Reece James, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, manteve-se entre o plantel do emblema inglês. Enquanto muitos reagiram com perplexidade, a esperar que o político deixasse o espaço, restou aos jogadores seguir com a celebração.

Disseram-me que ele (Donald Trump) entregaria o troféu e depois sairia do palco“, disse James ao jornal desportivo The Athletic. “Eu pensei que ele fosse sair, mas ele quis ficar. E isto provavelmente mostra o quão grande é esta competição”, comentou o capitão do clube azul de Londres.

Enzo Maresca exalta conquista

Após deixar o relvado, Cole Palmer, destaque da decisão com dois golos, confessou aos jornalistas: “Eu fiquei um pouco consuso“, admitiu o camisola 10 sobre a presença do presidente norte-americano na entrega da taça, quebrando protocolos usuais neste tipo de situação.

Enzo Maresca exaltou a prova ao comemorar a vitória do Chelsea contra o PSG. “Eu disse à malta que tenho o sentimento de que um dia esta competição será tão ou mais importante que a Champions League. Nós a valorizamos como a Champions League, foi um grande triunfo para nós.”

Melania Trump, Donald Trump e Gianni Infantino, presidente da FIFA. Foto: Luke Hales/Getty Images

Uso político do futebol na final do Mundial de Clubes?

No entanto, isso não parece representar o mesmo para os adeptos. Ao contrário das duas ocasiões em que conquistaram a liga milionária, os apoiadores do Chelsea não tomaram as ruas de Londres para celebrar o Mundial de Clubes. Talvez a profecia de Maresca se concretize. Mas, por ora, ainda não é o caso.

“Uma das grandes contradições do desporto é que quanto mais ele cresce, mais ele se coloca em risco de ser usado e ofuscado por fatores geopolíticos. Talvez a maneira como Trump ficou um pouco mais no pódio tenha sido apenas um engano, mas pareceu simbólico de algo mais do que uma recém encontrada afeição pelo Chelsea”, analisou Oliver Kay no The Athletic.