A alegria da confirmação

O Botafogo de Artur Jorge conquistou a Libertadores num assombro de coragem e esforço. A equipa começou a partida frente ao Atlético-MG reduzida a dez jogadores, após a expulsão de Gregore aos 40 segundos de jogo. No entanto, o Fogão não se deixou abalar pela inferioridade numérica e venceu os conterrâneos por 3×1.

Artur Jorge foi o retrato visível das emoções botafogenses. A euforia do treinador português começou a desenhar-se após o terceiro golo do Botafogo, apontado aos 90+7′. Chegava a tranquilidade, com a confirmação da vitória e de uma épica conquista – a primeira da história do clube brasileiro.

De mãos na cabeça, Artur Jorge correu para dentro de campo e foi ‘atropelado’ por Luiz Henrique na comemoração. Já no chão, o técnico sorriu e chorou. Levantou-se, foi abraçado por mais pupilos, voltou a ajoelhar-se no relvado, ainda em lágrimas. Depois, não mais parou de rir.

“Um troféu desta dimensão…”

Em declarações à imprensa, Artur Jorge mostrou-se obviamente feliz com o feito. “Foi uma vitória épica, provavelmente a mais épica de sempre numa final da Libertadores. Sabíamos a responsabilidade que tínhamos e acreditámos sempre, mesmo com menos um homem”, começou por afirmar.

“Estou muito, muito feliz por levar um troféu desta dimensão para o Botafogo. É pelos adeptos que lutamos, estamos muito felizes por eles e por dar uma alegria a quem tem sofrido tanto nos últimos anos“, disse ainda, elogiando a sua equipa.

Esta equipa nunca me falha e hoje pedi-lhes para não falharem com eles próprios. Superaram-se para não se notar que faltava um colega de equipa. Foi 3×1, não foi 1×0 com um chutão para a frente”, destacou o técnico, o terceiro português a conquistar a Libertadores, depois de Jorge Jesus e Abel Ferreira.

“É tempo de Botafogo”

Já os meios oficiais do clube, Artur Jorge foi mais parco, mas muito direto, nas palavras que dedicou aos torcedores brasileiros. “Olá a todos, aproveitem, desfrutem deste momento. É tempo de celebrar, é tempo de Botafogo“, diz o português, visivelmente feliz.

Para sempre na história do Botafogo, Artur Jorge pode a esta conquista juntar ainda a do Brasileirão – título que foge ao Fogão desde 1995. A dobradinha é, claro, a maior ambição do treinador. “Hoje vamos festejar muito, mas amanhã viajamos para o Rio para preparar os jogos com o Internacional e o São Paulo“, garantiu.

Quem sabe com o campeonato também no bolso, o Botafogo une-se por fim ao FC Porto e ao Benfica no Mundial de Clubes que vai disputar-se em 2025. “Vamos viver o sorteio do Mundial de clubes de uma forma tranquila e serena. É mais um passo em frente na história do Botafogo”, disse o português, sobre a competição.