O Atlético-MG venceu de forma contundente o River Plate (3-0) e aproxima-se a passos largos da final da Libertadores, onde o Botafogo de Artur Jorge também quer estar. O Fogão entra esta quarta-feira (23) em campo, às 21h30 locais.
Galo com engenho e sorte
A primeira mão das meias-finais sorriu de feição ao Atlético Mineiro, que recebeu os argentinos do River Plate de Marcos Acuña e teve em Deyverson a grande figura do encontro.
O avançado abriu o marcador aos 22 minutos, com alguma sorte a acompanhar. Após um bom passe em profundidade, a bola ressaltou nas costas do ex-portista Hulk isolando Deyverson, que ultrapassou com classe o guarda-redes Franco Armani e atirou para o fundo da baliza.
Aos 71′, os brasileiros chegaram ao segundo golo, também com selo do avançado que em Portugal representou o Benfica B e a B SAD. Novamente isolado, Deyverson rematou de primeira, rasteiro, com a bola a embater no poste esquerdo e entrar.
O golo com que o Galo fechou o encontro chegou três minutos depois: Deyverson, sempre ele, serviu Paulinho, que rematou em força e, com estrelinha, viu a bola ressaltar num defesa argentino antes de tocar as redes.
O Atlético-MG viaja com uma vantagem sólida para Buenos Aires e para o encontro da segunda mão, que se joga na próxima terça-feira (29) no Estádio Monumental.
Final brasileira à vista?
O Estádio Monumental será, também, o palco da final da prova, marcada para 30 de novembro. E é lá que o Botafogo de Artur Jorge quer estar. Para isso, precisará de afastar os uruguaios do Peñarol, que recebe esta madrugada (1h10 da manhã, horário português).
Em entrevista ao site da FIFA, Artur Jorge diz não entender como é que o emblema, um dos maiores do Brasil, não tem ainda uma Libertadores no seu palmarés.
“O Botafogo confirmou aquilo que eu pensava: é um gigante adormecido. Tem individualidades que se destacaram, que foram importantes na história do clube, mais recente ou antiga. Mas nunca ganhou a Libertadores, por contextos que não sei explicar. Vamos trabalhar para fazer com que o nome Botafogo possa estar dimensionado à imagem de todos os grandes clubes mundiais”.
O treinador bracarense reforçou a ambição de chegar à final e a vontade de fazer história.
“Temos um adversário com as mesmas condições em termos de possibilidades, que respeitamos muito. Sabemos das dificuldades que iremos encontrar, mas sabemos também das nossas capacidades, que é possível, e sabemos que nesta altura estamos a um pequeno passo de atingir um marco histórico no clube, de chegar onde nunca chegamos“.
Concretizando-se a final esperada pelos brasileiros, uma coisa é certa: será a sexta conquista consecutiva da Libertadores por parte de um conjunto canarinho. A série vitoriosa começou com o Flamengo de Jorge Jesus, em 2019, e teve continuidade com Abel Ferreira e o seu Palmeiras em 2020 e 2021.
Em 2022, o Flamengo voltou a levantar a taça da maior competição de clubes da América, que em 2023 foi vencida pelo Fluminense.