Derrota
A viagem à Alemanha trouxe um gosto amargo ao Benfica. A equipa de Bruno Lage segurou-se na defesa, mas não resistiu à pressão do Bayern de Munique. Musiala marcou o golo da vitória aos 67 minutos no magro 1-0 na Allianz Arena, na 4.ª jornada da Champions League, esta quarta-feira (6).
Peso da história
Os encarnados entraram no relvado carregando o peso da história: nunca venceram os bávaros em quaisquer competições. O tabu, assim, segue mantido: dez vitórias do Bayern e três empates em 13 jogos entre as equipas.
Linha de 5 e Araújo decisivo
Lage surpreendeu com um onze inicial inovador: cinco defesas, três médios e dois avançados rápidos. Di María e Pavlidis começaram no banco, enquanto Kaboré, Tomás Araújo, Renato Sanches e Amdouni foram titulares.
A tática do Benfica estava clara: recuar, ceder a posse de bola ao Bayern, defender-se próximo da sua área e esperar por um contra-ataque mortal. A estratégia de Lage mostrou-se eficaz, com poucas oportunidades para os bávaros – primeiro remate do jogo aconteceu aos 30 minutos, com Lamier.
Você aprovou a linha de 5 do Benfica frente ao Bayern?
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A destacar, o sendo de cobertura de Araújo. À direita no trio de defesas, o português de 22 anos chamou a atenção com dois cortes decisivos, evitando que Musiala e Gnabry levassem perigo à baliza de Trubin.
Trubin, Trubin, Trubin
A partir dos 30 minutos, o Bayern animou-se: intensificou a pressão e pôs o Benfica contra as cordas, com cantos em sequência e remates a longa distância. Faltava uma peça do bom sistema defensivo benfiquista aparecer: Trubin.
O guardião das águias demonstrou segurança em três remates de Kane – um deles, um petardo sem ângulo -, mas roubaria a cena com um reflexo incrível num míssil de Gnabry à entrada da área – repleta de defesas. Sem saídas, o Benfica suportou o sufoco para levar um honrado empate a zero no intervalo.
Mudanças, mas Sané desiquilibrou
Lage regressou do balneário prometendo uma equipa menos defensiva: Pavlidis e Beste entraram nos lugares de Amdouni e Kaboré. O cenário do jogo não se alterou, apesar de uma rara subida de Carreras no corredor esquerdo.
Veio, então, Di María no lugar de um esforçado Akturkoglu. No entanto, Bayern colocaria a peça que mudaria o destino do encontro: Sané substituiu Olise. Ativo, o extrema alemão bagunçou o setor direito da defesa benfiquista. Rapidamente, obrigou um milagre de Trubin num remate em arco.
O golo bávaro
Sané foi o autor da jogada que originou o golo do Bayern. Após um cruzamento da esquerda, Kane desviou de cabeça para Musiala, que, sozinho na pequena área, cabeceou para o fundo das redes, batendo Trubin.
Pouco depois, Coman substituiu Gnabry no Bayern. O francês aprontou travessuras no flanco esquerdo (Beste sofreu) e criou novas chances de golo – numa delas, ninguém apareceu na área para desviar às redes.
Ataque?
Lage tentou mudar o rumo do jogo com as entradas de Arthur Cabral e Rollheiser nos minutos finais, mas sem sucesso. Pavlidis, apesar do esforço, não rematou nenhuma vez. O Benfica, no total, apenas rematou uma vez à baliza, sem acertar no alvo. Por outro lado, o Bayern rematou 24 vezes, exigindo Trubin a nove defesas. Uma estratégia defensiva quase perfeita, mas sem qualquer poder ofensivo em Munique.