Mónaco x Benfica: noite europeia para recordar

Da tragédia para a celebração. O Benfica esteve próximo de sofrer uma dura derrota para o Mónaco no State Louis II esta quarta-feira (27), na 5.ª jornada da Champions League. No entanto, uma reviravolta em quatro minutos trouxe o sorriso de alívio aos encarnados na vitória por 3-2, na França.

A vitória garantiu que os encarnados subissem a 14.ª posição da competição, com 9 pontos. O Mónaco, por sua vez, perdeu a sua invencibilidade e caiu para a 8.ª posição, com 10 pontos. Nesta edição, os playoffs acontecem entre o 9.ª a 24.ª colocados, enquanto os oito primeiros apuram-se diretamente aos oitavos.

Onze da goleada no FC Porto

Bruno Lage decidiu pela manunteção do onze que goleou o FC Porto (4-1) na Liga Portugal, há duas semanas. Como única ausência no platel, Beste não viajou ao Principado após apresentar queixas no tendão de Aquiles.

O 11 benfiquista contra o Mónaco: Trubin, Bah, Tomás Araújo, Otamendi, Carreras, Florentino, Aursnes, Kokçu, Akturkoglu, Di María e Pavlidis.

Mónaco intenso no início; Benfica encontrou-se

A começar, Mónaco tomou às rédeas da partida e sufocou o Benfica nos primeiros 15 minutos. O caminho das pedras estava a ser evidente: o lado de Carreras, que sofreu na marcação de Ben Seghir. De muito controlo dos mandantes, os encarnados estavam encurralados em seu próprio terreno.

O primeiro golo não demorou a surgir: descida de Vanderson, que rematou cruzado para a defesa de Trubin. Na recarga, Golovin serviu Ben Seghir entrar na pequena área e completar às redes, aos 13 minutos.

Ben Seghir inaugurou o marcador ao Mónaco. Foto: Imago

O susto despertou o Benfica. Rapidamente, os comandados de Lage assumem a posse de bola e começam a acionar Di María. Desde a construção lenta até a lançamentos longos em contra-ataques. Pavlidis falhou em dois momentos: num 1×1 contra Kehrer e isolou diante do guarda-redes – salvou-se por fora de jogo.

A principal chance caiu nos pés do craque argentino. Num recuo errado, a bola surgiu na medida para Di María, sozinho, entrar na área e… Falhar. Grande defesa de Majecki com o pé. A etapa terminou marcada com o festival de amarelos, incluindo um polémico não amarelo a Carreras, que o deixaria na rua.

Teste para cardíacos: golos anulados, expulsão e Di María

A segunda parte iniciou-se num ritmo frenético: poste de Embolo, golo fácil de Pavlidis aos 47 minutos após um recuo errado de Caio Henrique e dois golos anulados – Embolo e Bah, ambos em sequência. Logo depois, Singo acabaria na rua ao receber o segundo amarelo, aos 58 minutos.

Contudo, a superioridade numérica mostrou um… Mónaco superior. Os franceses valorizaram a posse no terreno benfiquista, mesmo com 10 homens. Parecia que era 11×11. E saíram bem-sucedidos: Mawissa assistiu Magassa soltar um petardo da entrada da área, aos 67′. A dupla tinha entrado minutos antes. Trubin ainda impediu o quarto golo com o mesmo Mawissa numa defesa com os pés.

Foi, então, que Di María mostrou viver grande forma. Pela esquerda, o argentino cruzou para Arthur Cabral disparar um cabeceamento e estufar às redes, aos 84′. Quatro minutos depois, Di María repetiu a dose, desta vez na direita: um cruzamento em arco achou Amdouni sozinho para o cabeceamento da vitória.