“Jogámos com imensa coragem”

O Lyon de Paulo Fonseca empatou por 2-2 em casa contra o Manchester United de Ruben Amorim. O jogo contou para a primeira mão dos quartos de final da Europa League, estando, portanto, tudo em aberto para o encontro da segunda mão, em Old Trafford.

A eliminatória irá pender para...

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Fonseca
Amorim

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O ex-FC Porto, em declarações à Sport TV, analisou a igualdade contra a equipa de outro treinador português. Ademais, abordou também como poderá ser a segunda mão entre os dois conjuntos.

Análise à partida: “Fizemos um bom jogo, contra uma grande equipa. Fizemos o que a nossa equipa faz normalmente, que é jogar o nosso jogo. No último lance da primeira parte, foi difícil sofrer o golo de bola parada. Mas, no segundo tempo, voltámos a ser mais dominantes e tivemos ocasiões para fazer o 2-1. É compreensível que tenhamos arriscado mais, mas penso que foi um bom jogo de futebol. Jogámos com imensa coragem e as coisas continuam em aberto“.

Como é Paulo Fonseca olha para a segunda mão entre Lyon e United?

Ausências importantes: “Destaco a forma como eles abordaram a segunda parte, com lançamentos em profundidade e com o tipo de jogadores que nós tínhamos no banco. É verdade que estamos bastante limitados neste momento, mas não senti grande necessidade de mexer na equipa quando esteve muito equilibrada e muito bem. Ofensivamente, obviamente que faltam opções fruto das lesões que tivemos“.

Antevisão da segunda mão: “A mesma coragem, sobretudo. Não temos nada a perder, antes pelo contrário. Demonstrámos que podemos disputar a eliminatória. Será difícil, porque o Manchester United jogará em casa, com o seu público, mas acredito muito nos meus jogadores. Continuou com a mesma esperança com que comecei este jogo. Aliás, este jogo ainda me dá mais esperança de que podemos fazer algo especial“.

O momento em que Onana errou e Cherki aproveitou. Foto: Michael Steele/Getty Images.

O treinador luso está suspenso em França

Relembramos que o técnico luso teve a oportunidade de voltar a estar no banco a comandar a sua equipa. De facto, Paulo Fonseca recebeu um castigo severo – nove meses de suspensão – após ter confrontado o árbitro num encontro entre o Lyon e o Brest, para a Ligue 1. Mas esteve no banco diante dos red devils, visto que o castigo que lhe foi aplicado não é extensível às competições europeias.

“O único ponto positivo em toda esta situação é que agora tenho outra perspetiva para assistir ao jogo. É fácil ver de onde estou agora, mas o mais difícil é não poder contactar com os jogadores antes e durante os jogos ou no intervalo. É mais complicado gerir assim as coisas. Mas estamos bem organizados e fizemos uma boa preparação. Mesmo comigo longe, as coisas estão a ir muito bem”, disse, em declarações ao The Guardian.

“É claro que o que fiz não foi correto e deveria pagar por isso. Mas gritei com o árbitro, não tive qualquer contacto com ele nem cometi nenhuma violência. Querem fazer de mim um exemplo no futebol francês. Acho que estou a pagar não pelo que fiz, mas pelo momento em que estamos. É injusto, mas estamos a lutar e acredito que as coisas podem mudar. É difícil entender quando vemos tantas situações como essa e ninguém recebeu um castigo como eu“, rematou.