Paciência

Carlos Queiroz foi entrevistado nesta terça-feira (8) pelo jornal AS e abordou diversos temas. O experiente treinador fez uma reflexão sobre a carreira e falou sobre diversos temas, entre os quais a transferência falhada de João Félix para o Atlético de Madrid.

“Os 126 milhões de euros de Félix? Bem, isso tem que ver com o mercado, que hoje é um mundo à parte. Nós, treinadores, graças a Deus, estamos fora do mercado. Tem a ver com a dimensão dos economistas, da gestão. Se se paga 127, 17 ou 38, isso é uma questão para os economistas e para os gestores decidirem. Acho que o João, que é um excelente jogador, um jogador fantástico, só precisa, se calhar como o Mbappé, de encontrar o seu melhor lugar”, considerou o treinador, referindo-se à transferência do internacional português do Benfica para o Atlético de Madrid no verão de 2019.

No último mercado de contratações, Félix foi contratado em definitivo pelo Chelsea por 60 milhões de euros.

Mbappé precisa de tempo…

Na entrevista que concedeu, Queiroz abordou a ida de Mbappé para o Real Madrid e o período de adaptação que o francês está a protagonizar nos campeões espanhóis e europeus.

“Ancelotti tem experiência e sabedoria suficiente para com tempo encontrar a melhor solução com Mbappé. Não é uma situação virgem ou única no futebol. Mbappé precisa de tempo, mas no Real Madrid não há tempo, essa é a realidade. Isso mostra esta beleza, fantasia e complexidade do jogo de futebol, porque nem sempre o que parece lógico é o que dá bons resultados”, afirmou o ex-treinador dos galácticos de Figo, Ronaldo, Zidane, Beckham e companhia.

Concordam com as afirmações de Carlos Queiroz?

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“Digo-o porque tenho experiência em Madrid e nem sempre as soluções melhores resultam em ser as soluções certas. Vamos ver se a eleição de um dos melhores jogadores do mundo da atualidade é a solução certa. E só há uma coisa que pode responder a isso: chama-se 90 minutos de jogo”, apontou.

Golos são normais para CR7

Outro jogador que foi mencionado na entrevista teve uma passagem bem mais feliz pelo futebol espanhol, falamos de Cristiano Ronaldo, que foi orientado pro Queiroz no Manchester United e, posteriormente, na Seleção de Portugal.

“Isso é típico de um bom jogador. Este tipo de jogadores, em qualquer parte do jogo, mesmo que seja num desporto diferente, têm enormes desafios. É exatamente isso que os faz e os mantém vivos. Não é pelo dinheiro, não é pelos troféus. É por si próprio. É uma competição contra si próprio. Para ele, marcar um golo é absolutamente normal. São grandes estrelas e tornam tudo normal quando não o é”, disse o técnico, que, desta forma, não quis alimentar mais polémicas com o avançado do Al-Nassr.

Considerando as duas conquistas do Mundial de sub-20 aos comandos de Portugal como mais impactantes da carreira, Carlos Queiroz ainda não sabe qual será o próximo desafio que vai abraçar. “Ainda não me decidi. Certamente que o atrativo do campo e do jogo se mantém. Veremos, a partir de outubro. Tenho tido o privilégio e a sorte de o telefone ter sempre tocado. Talvez em outubro tome uma decisão”, considerou.

O último trabalho do treinador de 71 anos foi ao serviço da seleção do Catar, que durou apenas durante dez partidas.