Consistência

Rafael Leão foi um dos nomes com quem Pedro Gonçalves trabalhou nos 15 anos em que esteve ligado ao Sporting e trabalhou na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete. O agora selecionador de Angola fez uma confissão.

“Treinei na Academia Sporting muitos dos jogadores que hoje estão na elite mundial: Rafael Leão; Eric Dier, Maximiano, Thierry Correia, Bruma… o Rafael Leão, curiosamente, esteve quase a sair do Sporting por causa do comportamento. É um caso especial, mas quando o entendemos, está a um nível de classe mundial”, destacou o treinador durante uma entrevista que concedeu ao jornal espanhol AS.

Um talento fora do normal

Sobre o avançado, atualmente no AC Milan, o técnico refere que tem todas as condições para atingir um patamar ainda mais elevado, mas precisa ser mais… consistente.

“A consistência é o seu grande desafio. Quando o vimos jogar na Academia, ele era de classe mundial. Também o Eric Dier, pela sua mentalidade, pelo trabalho, pela ambição… E outros, que se perderam”, observou.

Aos 25 anos, Rafael Leão é uma das principais estrelas do AC Milan, emblema que representa há seis temporadas. Esta época, tem nove partidas, um golo e três assistências. Ao serviço da Seleção de Portugal contabiliza 33 internacionalizações e tem quatro tentos.

Rafael Leão tem de ser mais consistente para atingir outro patamar?

Rafael Leão tem de ser mais consistente para atingir outro patamar?

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Pedro Gonçalves esteve ligado aos leões de 2000 até 2015, exercendo vários cargos, depois foi contratado pelo 1.º de Agosto e desde 2019 que é o selecionador de Angola.

“Sim, estou em Angola há quase 10 anos, porque entrei em 2015, antes de mais, através da Academia do 1.º de Agosto. Na altura, o meu pensamento era promover um desenvolvimento geral do talento angolano. Foi relativamente fácil, porque eu já conhecia muito bem os novos talentos”, recordou.

“Foi um trabalho que nunca imaginei. Trabalhei com os sub-19, os sub-20 e os sub-23. Quando cheguei à seleção principal, uma das minhas tarefas era dar oportunidades aos novos talentos internos. Outra é acrescentar jogadores que jogam na Europa ou nos países do Médio Oriente, para que todos queiram e tenham o compromisso de representar Angola. Cinco anos depois, estou ansioso por fazer história em Angola”.