Kerem Aktürkoglu mostrou-se esta quarta-feira (16) muito abalado com as mais recentes notícias sobre a guerra na Palestina e o massacre a uma “nação prestes a ser destruída”. O turco apelou à resolução do conflito.
O grito desesperado
Através de uma publicação nas stories do seu Instagram, o jogador do Benfica manifestou-se a favor de uma solução de paz e tomou uma posição pública de apoio à Palestina.
“Toda a gente diz que este é um assunto sensível e eu entendo-o. Mas não é apenas isso que ouço. Ouço o grito desesperado de uma nação, o massacre a que crianças e civis são sujeitos. Por vezes nas suas casas, por vezes em locais de culto, por vezes em hospitais onde esperam por ajuda…”, começou por dizer, consciente de que a sua voz tem alcance.
Fazendo uma retrospectiva histórica ao tema, Aktürkoglu afirma: “Muitas coisas podem ter acontecido ao longo da história entre Israel e Palestina, mas o que vejo agora é uma nação prestes a ser destruída. Não posso ficar calado. Haverá alguém que não condene o que referi acima?”, questionou ainda.
O extremo termina a sua partilha, feita em turco e inglês, com uma dúvida e um apelo. “Depois de uma tragédia destas, como é que é possível continuar a viver como se tudo estivesse bem? Este massacre tem de acabar, as crianças têm de viver, as famílias têm de ser felizes… Já chega!”.
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O futebol contra a guerra
Aktürkoglu não foi o primeiro futebolista a atuar em Portugal a manifestar-se sobre a terrível situação que há mais de um ano devasta a Palestina. Também St. Juste, defesa neerlandês do Sporting, deixou uma mensagem de apoio ao povo palestiniano, ainda em outubro de 2023:
“Recuso-me a acreditar que qualquer pessoa com coração possa pensar que aquilo que Israel está a fazer neste momento é justificável. A dor e receio que as pessoas da Palestina estão a atravessar é inimaginável. Cessar-fogo em Gaza já! Libertem a Palestina”, escreveu na altura o jogador.
Despedido por defender a Palestina
Mundialmente, o caso mais famoso de um futebolista que prestou apoio à Palestina será o de Anwar El Ghazi, que atuava no Mainz da Bundesliga e foi… despedido pelas suas publicações. Hoje, enverga a camisola do Cardiff.
“Defende aquilo que é o correto, mesmo que o faças sozinho. A perda do meu meio de subsistência não é nada quando comparada com o inferno que está a ser instaurado sobre os inocentes e vulneráveis em Gaza“, declarou então o jogador, após o clube alemão anunciar a decisão em novembro do ano passado.
Ainda em 2023, Eric Cantona, emblemático ex-jogador do Manchester United, uniu-se aos apelos com uma longa mensagem nas suas redes sociais.
“‘Palestina livre‘ significa libertar os palestinianos da ocupação israelita que lhes tem roubado os seus direitos humanos básicos há 75 anos”, começou por apontar o francês.
“‘Palestina livre’ significa parar de enjaular 2,3 milhões de palestinianos na maior prisão ao ar livre do mundo, sendo que metade dos quais são crianças. ‘Palestina livre’ significa acabar com o apartheid imposto pelo governo israelita”, dizia ainda publicação do antigo avançado.