Ambição

Na vitória do último sábado frente ao Gil Vicente, António Silva cumpriu o 100.º jogo oficial com as cores do Benfica. O jovem defesa-central protagonizou uma conversa com o ex-jogador António Bastos Lopes.

“Sabia que, antes do jogo, iria ser o primeiro, mas era algo que nunca pensei que fosse possível concretizar. Tinha o sonho, sim, de jogar na equipa A do Benfica. Agora chegar aos 100 jogos. Era algo muito longínquo e que teria de ter muito trabalho envolvido. Felizmente consegui fazê-lo e, com 20 anos, ser o mais jovem de sempre neste século a fazê-lo é um motivo de orgulho para mim”, declarou o camisola 4 durante o programa Mística a Dois.

O defensor revelou alguns dos encontros que mais o marcaram desde que subiu à equipa principal.

António Silva tem justificado ser titular no Benfica?

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Merece
Deveria ser suplente

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“Lembro-me da minha estreia, que foi no Bessa. O jogo que mais me marcou…. Individualmente é capaz de ter sido o jogo com o PSG. Mas acho que aquele em que eu senti mais aquilo que era o Benfica, e que era realmente o sentir Benfica, foi com o Sporting, no golo do João Neves no último minuto. Naquele do Braga no ano em que fomos campeões, também senti uma adrenalina dentro de mim que nunca tinha sentido antes”, recordou.

Remar para o mesmo lado…

Olhando para o atual momento, Silva salienta que as águias estão a viver uma boa fase.

“Acho que o grupo está a caminhar bem. Acho que a equipa está bastante equilibrada, estamos unidos. E sinto também aquilo que estava a dizer, de passar a mística. Começo a sentir que os jogadores estrangeiros também sentem aquilo que é preciso para estar no Benfica, o saber estar. Principalmente também quando entram no estádio e veem aquela multidão de pessoas a apoiá-los”.

“Acho que estamos todos a remar para o mesmo lado. O míster também nos passa muito aquilo que são os valores do clube e acho que estamos todos juntos para conquistar grandes coisas pelo Benfica neste ano”, disse.

Mensagem para os adeptos

Após um início irregular que originou a saída de Roger Schmidt, o central revela o que a nova equipa técnica tem pedido.

“É um momento de muita felicidade e de muita alegria. Mas temos de continuar a trabalhar porque foram apenas alguns jogos. E, como sabemos, para conquistar grandes coisas, é preciso uma consistência grande de resultados e é isso que vamos tentar fazer. Mas pensando sempre naquilo que é o próximo jogo e não naquilo que vem mais para a frente”, aponta.

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“O sistema é também o sistema que eu gosto de jogar, sempre fui habituado a jogar assim na formação também. E é isso. Um futebol ofensivo é aquilo que todos os jogadores gostam. Atrativo, que joguemos muito perto uns dos outros, com capacidade de nos associarmos entre nós. E depois partimos para aquilo que é o último terço e que culmine sempre com golos, que é o que nós queremos”, explicou.

“Queremos sempre ter um nome na história do Benfica. Aquilo que ambiciono são títulos e, neste momento, tenho dois e claramente que ambiciono ter mais. Mas nós, enquanto equipa, sabemos que o clube vive de títulos, os adeptos vivem de títulos e é isso que vamos tentar passar para as pessoas. Sem nos exaltarmos muito, a pensar sempre naquilo que é o próximo jogo e, passo a passo, acho que vamos conseguir conquistar coisas bonitas”, finalizou.

Após quatro vitórias seguidas, os encarnados vão ter um duro teste nesta quarta-feira quando defrontarem no Estádio da Luz o Atlético de Madrid na segunda jornada da Liga dos Campeões.