Balakov: “O melhor o jogador da equipa chama-se Rúben Amorim”

A diferença!

Durante cinco épocas, Krasimir Balakov brilhou ao serviço do Sporting. O antigo médio concedeu uma entrevista e teceu rasgados elogios ao treinador dos campeões nacionais, Rúben Amorim. Segundo o búlgaro, o melhor reforço leonino encontra-se no banco.

“Estou muito contente com o que vejo, até porque Sporting e Estugarda, as minhas equipas, são na atualidade duas das mais atrativas a jogar um futebol moderno. Muita gente pensava que depois do título da época passada, este ano ia ser muito mais difícil, que o Sporting raramente consegue dois campeonatos seguidos. Mas o que se vê até agora é que segue muito forte essa união entre equipa técnica, jogadores e direção, todos se complementam”, observou o búlgaro numa entrevista que deu ao jornal O Jogo.

O segredo do sucesso

“Não era fácil subir o nível, mas o treinador está a conseguir fazer isso. O Gyökeres segue muito forte, é resultado do trabalho de toda a equipa, ele tem a qualidade para definir as ações e dentro da área é físico e muito qualificado. Por isso marca tantos golos”, acrescentou.

Apesar de ter destacado o nome do goleador sueco, Bala confidenciou que quem lhe enche as medidas já não joga dentro das quatro linhas.

“Gosto muito de vários jogadores, mas gosto mais do que o treinador tem feito. Ele transmite a todos o que devem fazer em campo com conceito coletivo. Para mim ele é o melhor o jogador. Chama-se Amorim, porque é ele que põe todos a jogar na perfeição, toda a equipa está em harmonia. É muito difícil em qualquer grande clube conseguir este tipo de dinâmicas”, expressou.

Os cinco anos em Alvalade

Recordando os cinco anos que passou em Portugal, o antigo médio afirma que “quando estava no Sporting tínhamos um grande ambiente, uma grande equipa e jogadores que eram craques. Não conseguimos apenas dar a volta ao lobbie que havia do FC Porto e do Pinto da Costa. Era muito difícil ganhar a Liga em Portugal”, apontou.

“Tivemos erros próprios, falando logo da saída do Robson. Estávamos a jogar bem e por causa de um jogo europeu, o Cintra mandou-o embora. O acidente do Cherbakov também nos fez muito dano. Tudo junto afastou-nos de um título. Continuo a achar que éramos os melhores nessa altura”, lamentou, ele que venceu apenas um troféu durante a estadia em Alvalade.

“Foi pena não ter ganhado o campeonato, mas ganhei a Taça e consegui sair de Portugal com algum troféu”.

O Sporting começou bem a defesa do título e lidera esta edição do campeonato com um pleno de vitórias em oito jornadas.

“Não podemos falar, é muito cedo. Apenas sei de que como joga e ganha, é o mais forte candidato, terá grandes possibilidades”, afirmou.

Sobre a continuidade de Rúben Amorim, o antigo atleta é taxativo.

O futuro de Amorim

“Tem tudo para assumir outras grandes equipas, mais tarde ou mais cedo vai acontecer. Estará num grande europeu! Assim é o futebol, mesmo que gostasse de vê-lo no Sporting mais dez anos. Também queria ficar mais dez anos, mas ao ser eleito para o melhor 11 do Mundial de 1994, ficou certo que muitos iam tentar contratar-me. Com Amorim será assim, vai receber ofertas, até que uma vai levá-lo. Ele representa o futebol moderno com sucesso”, salientou.

“Foi uma surpresa não ter saído, mas isso também mostrou caráter e amor ao clube, porque sabe que foi o Sporting que lhe deu uma grande chance. É a sua dedicação, imagino que já podia estar lá fora, mas decidiu ficar e foi bem decidido. Ainda é novo, tem muito tempo pela frente para fazer história e mostrar o que pode dar noutros lados”, concluiu.

No período em que atuou nos leões, Balakov representou o clube em 168 partidas, apontou 60 golos e conquistou uma edição da Taça de Portugal.