Augusto Inácio afirma que ónus é leonino
Augusto Inácio, antigo campeão pelo Sporting como jogador e treinador, esteve à conversa com o Somos Fanáticos. O atual comentador da CNN acredita que, após o empate do dérbi entre águias e leões, a vantagem está do lado verde-e-branco.
“[Depois do dérbi] o Sporting só depende de si e tem que ganhar. É o Benfica que tem que estar com os ouvidos no que se passa em Alvalade. [O Sporting] passou, na minha opinião, de 50 por cento para 90/95 por cento de hipóteses de se sagrar campeão.”
Augusto Inácio considera que a formação treinada por Rui Borges parte com mais responsabilidade para a última jornada da Liga Portugal: “Agora o Sporting está mais pressionado. Toda a gente está à espera que a equipa verde-e-branca seja campeã. Um cenário diferente será realmente uma grande frustração e uma enorme surpresa.”
Quem vai ser campeão nacional?
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Inácio vê qualidade no Vitória de Guimarães
O antigo jogador de Sporting e de FC Porto atribui muita qualidade ao adversários dos leões, o Vitória de Guimarães. No entanto, adverte que a turma de Luís Freire desloca-se a Alvalade também pressionada. “É uma equipa a precisar de pontos, o quinto lugar não está assegurado. Como a derrota com o Farense, ainda assim o Vitória só depende de si. Isto significa que tem de ganhar o jogo em Alvalade.“
O comentador analisa a formação dos conquistadores. “É uma equipa que vem com menos dois elementos importantes, o Tomás Handel e o Relvas, o central, mas o Sporting também não tem o Hjulmand. É uma formação que não se fecha muito lá atrás, tenta jogar, procura o golo. Isso é capaz de beneficiar o Sporting se utilizar este tipo de jogo, pois os leões gostam da profundidade, não tanto de ataque organizado, mas jogar na transição. Nesse aspeto Gyokeres é realmente um avançado de marca a diferença. Vai ser um jogo interessantíssimo, mas claramente a pressão está do lado do Sporting, que está com um pé na meta para ser campeão nacional“, referiu.
Análise ao dérbi com o Benfica
Augusto Inácio confessou ainda que apreciou da forma como Rui Borges montou a equipa leonina no jogo do Estádio da Luz. “Eu gostei muito da equipa inicial do Sporting. Foi uma mensagem de coragem do treinador, a dizer que estava ali para ganhar. Colocar Maxi Araújo e Geny Catamo foi, efetivamente, uma aposta forte. Uma mensagem passada pelo treinador, que não vão ali para empatar, mas sim para ganhar. Normalmente isso é sagrado, quem joga para empatar normalmente perde“, contou ao Somos Fanáticos.
Continuando a sua análise ao dérbi que pode ser fundamental para a decisão final do campeonato, mencionou: “O Sporting entrou muito personalizado, sinceramente não esperava tanto. Diz-se que os jogadores do Benfica não tiveram atitude, mas não concordo, penso que a tiveram, correram muito, trabalharam, mas foram pouco esclarecidos“, refletiu Inácio.
“Não ligaram o jogo, não foram criativos, nem dinâmicos porque o Sporting também não deixou. Porém, na parte da frente do Benfica, havia um jogador que dava alguma criatividade, embora com pouca velocidade, é certo. Quando a bola chegava aos seus pés podia sair dali alguma coisa. Estou a falar precisamente do Di María“, admitiu.
Inácio já sabe o que é ser campeão pelo Sporting
O antigo jogador e treinador foi campeão pela turma verde-e-branca em ambas as funções. Da primeira vez em 1982, precisamente antes de rumar ao FC Porto, e na segunda em 1999/2000 como treinador, pondo fim a um período de 18 anos sem a conquista do campeonato nacional por parte do Sporting.
Ao Somos Fanáticos confessou terem sido momentos muito especiais e que nunca irá esquecer. “Ser campeão em qualquer clube é sempre uma satisfação enorme para qualquer treinador, é mais um carimbo de que tiveste sucesso. Ser campeão pelo clube de que tu gostas [o Sporting] tem um sabor diferente. Estás com a tua família com a tua gente, com o teu estádio, é diferente. É qualquer coisa que preenche cá dentro a alma!“, admitiu Augusto Inácio.