O dia histórico “que todos desejamos viver”
Fernando Gomes, ainda presidente da Federação Portuguesa de Futebol, falou esta segunda-feira (25) sobre o Mundial de 2030, cuja realização Portugal divide com mais cinco países. O discurso, que teve lugar no Record Summit, focou-se sobretudo no desejo de uma continuidade na qualidade do trabalho desenvolvido, de forma a elevar o padrão do futebol nacional.
“Se os valores e a missão se mantiverem, se os recursos humanos forem respeitados, se o plano estratégico 20-30 for cumprido como até aqui, estou certo de que a FPF chegará muito mais forte ao dia histórico que todos desejamos viver: o dia em que o nosso país recebera um Mundial de Futebol, cem anos depois da primeira edição no Uruguai“, apontou o dirigente.
“Desejo que, todos juntos, estejamos capazes de estar à altura desse momento. E que Portugal não desperdice uma oportunidade única de afirmação do nosso país, do nosso desporto e do nosso futebol”, disse ainda Fernando Gomes, cujo terceiro e último mandato terminará até seis meses depois do ciclo olímpico de 2024.
O futuro do jornalismo
O mais alto dirigente do futebol nacional garantiu que o seu sucessor terá todas as condições para fazer um bom trabalho. “Eu vou ouvindo dizer que deixamos um legado difícil de igualar. Agradeço, mas não posso concordar. A renovação de todos os contratos de patrocínio até 2030 assegura os fundos necessários para uma gestão serena e equilibrada”, explicou.
O presidente da FPF mostrou-se igualmente confiante no futuro do jornalismo em Portugal, ambicionando um acompanhamento à altura da dimensão mediática do evento. “Desejo que todos os meios de comunicação social cheguem a 2030 saudáveis, e com energia necessária para oferecer a maior cobertura de sempre de uma prova única existente no mundo”, manifestou.
O Mundial de 2030
Portugal, Espanha e Marrocos vão organizar o Campeonato do Mundo de 2030, anunciou a FIFA em outubro do ano passado. A candidatura ibero-marroquina foi, com efeito, a única apresentada para receber o Mundial no ano de celebração do centenário da prova.
Para assinalar a efeméride, Argentina e Paraguai, assim como o Uruguai, vão acolher também três das partidas de abertura do Mundial de 2030. Uma forma de marcar a memória da primeira edição, que decorreu precisamente em Montevideu, a capital uruguaia.
Não se sabe ainda quais, mas Portugal receberá mais de uma dezena de jogos. O nosso país participará com três estádios – Alvalade, Dragão e Luz – pelo que não serão construídos novos recintos para a competição. “Nunca foi hipótese”, salientou em 2023 a então ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.