Jorge Jesus em entrevista

O treinador Jorge Jesus deu uma entrevista à RTP onde abordou diversos temas, com foco no facto de, na nova temporada, ir trabalhar com Cristiano Ronaldo, no Al-Nassr. O técnico foi contratado pelos sauditas após deixar o Al-Hilal, com CR7 a ser fundamental no processo.

O técnico não fugiu à questão de ser especial treinar um nome como Cristiano Ronaldo e defende mesmo que Portugal não encara o jogador da maneira que ele merece. “Em Portugal não sabemos valorizar Cristiano Ronaldo“, argumentou o treinador.

“O Cristiano é uma referência em todo o mundo. Em Portugal não sabemos valorizar o que Cristiano Ronaldo”, começou por dizer sobre o capitão da seleção portuguesa. “Ele é a pessoa mais conhecida no mundo, a maior celebridade. Muito para lá do mundo do futebol”, defendeu.

Portugal não sabe valorizar Cristiano Ronaldo?

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Sabe sim
Não tanto quanto devia
Jorge Jesus tem razão

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Um grande desafio

Por esse motivo, e por toda a história de Cristiano Ronaldo, Jesus admite que é especial treinar o avançado. “É um desafio desportivo“, sublinhou. “Ele tem 40 anos e ainda joga, Costumamos pensar da mesma maneira fora do mundo do futebol. Eu tenho 70 anos, mas não sinto o que é a minha vida psicológica e física”.

De recordar que Cristiano Ronaldo foi o grande impulsionador da chegada de Jorge Jesus ao Al-Nassr. Segundo a imprensa, o jogador fez força para a sua contratação e convenceu o experiente treinador a assinar pelo emblema da Arábia Saudita.

Jorge Jesus é o novo treinador do Al-Nassr. Foto: Getty

Uma nega ao Benfica

Entre outros temas, Jorge Jesus falou também no Benfica. O técnico teve uma primeira passagem de grande sucesso pelo Estádio da Luz, saiu para o Sporting e esse facto terá afetado a forma como viveu a segunda passagem, que não teve resultados desportivos.

Os adeptos do Benfica nunca me perdoaram por ter saído para o Sporting e isso criou um clima pesado na minha segunda passagem”, contou. Ainda assim falou de forma positiva sobre a primeira. “No Benfica ganhei o que nunca ganhei noutro clube. Foram dez títulos, sou o mais titulado do Benfica. Foram anos especiais“, confessou.

Sobre um possível novo convite para regressar à Luz, foi categórico. “Não porque a minha segunda passagem foi na altura do Covid, um momento muito difícil para toda a gente. Nessa altura não fui muito feliz no Benfica. Os adeptos nunca me perdoaram ter ido para o Sporting”, afirmou.