Jorge Nuno Pinto da Costa deu a conhecer, em reportagem da TVI, o título e a capa do seu mais recente – e, prevê-se, último – livro.
Até ao Fim
A já polémica capa da obra, intitulada “Azul Até Ao Fim“, mostra Pinto da Costa, igual a si mesmo, como tinha prometido, a posar junto a um caixão coberto com a bandeira do FC Porto.
No site da editora, pode ler-se a sinopse do livro – que é, como o título indica, um texto de definitiva despedida. “«O primeiro dos meus últimos dias». Foi este o meu pensamento, quando, em resposta a uma pergunta direta que fiz ao Dr. Lindoro, ele me disse: «Sim, o tumor que tem é maligno.»”
Assim começa o ex-dirigente a narrativa onde, ao largo de 216 páginas, partilha “os pensamentos, as inquietações, as emoções, mas também as certezas dos seus três anos derradeiros de vida”, após ser diagnosticado com cancro.
“Entre outros temas, Pinto da Costa escreveu sobre (…) os 42 anos de presidência, a última época desportiva, o dia-a-dia do clube, as 1000 vitórias, o último título, a decisão de não se recandidatar, a reversão dessa decisão e as eleições em que saiu derrotado“, pode ler-se no site da Contraponto.
Pinto da Costa termina o livro como quem deixa um testamento, fazendo “a partilha daquilo que pretende para o seu funeral, incluindo quem quer e quem não quer que nele esteja presente”.
O adeus
Pinto da Costa já tinha anteriormente revelado a inclusão deste capítulo na obra, que será distribuída a partir de 28 de outubro, encontrando-se em pré-venda desde esta segunda-feira (21) e que será oficialmente apresentada em breve.
À reportagem da TVI, e em modo de antecipação, revelou alguns dos nomes daqueles que fará questão de ter “consigo” no dia do seu adeus: Sandra e Fernando Madureira, António Henrique, Pedro Pinho, Adriano Quintanilha, Luís Gonçalves, António Oliveira, Hugo Santos, Marcos Polónia e Caetano.
Sobre os antigos líderes dos Super Dragões, o dirigente é específico: “Espero que sejam soltos. São pessoas que sempre me foram fiéis e que estão a sofrer o que estão a sofrer por serem minhas amigas”.
Após a emissão da reportagem, algumas páginas da obra começam já a circular nas redes sociais, com especial destaque para aquela onde o ex-presidente revela quem não quer no seu funeral.
“Não quero mal a ninguém. Mas porque tanto prejudicaram a paz dos meus últimos dias não gostaria que lá estivesse alguém da atual direção do clube.
Nenhum dos ex-jogadores que sempre estiveram comigo e me traíram (por exemplo, Helton, Maniche, Eduardo Luís, André, Sousa).
Poderia acrescentar mais nomes, como Antero Henrique, Raúl Costa, Joaquim Oliveira, Tiago Gouveia, Pedro Bragança, mas não é preciso, porque estou certo que não terão ‘lata’ para lá ir”, pode ler-se nas fotografias publicadas.