Ruben Amorim fez esta quinta-feira (26) a antevisão da visita do Sporting ao terreno do Estoril Praia. Elogiou o adversário, confirmou regressos e ausências, voltou a falar de Nuno Santos e afirmou que este é o melhor Sporting desde que comanda a equipa leonina.
Ruben Amorim, o Estoril x Sporting e mais dez (tópicos)
O Estoril
“Será difícil como todos os jogos no António da Mota, porque não sabemos se estará vento e isso tem influência no jogo. É uma equipa que defende em 4x3x3 – acredito que temos um bom plano para manter a nossa dinâmica ofensiva -, e que quando ganha a bola mete muita gente na frente, com miúdos talentosos”.
“O onze que vamos apresentar amanhã é o melhor para este jogo. A nossa ideia não passa por poupar “os melhores”. Olhando para o jogo, avaliamos que características queremos usar e é essa a gestão que fazemos. Não estamos a pensar no PSV“.
“As equipas que estão atrás de nós estão a jogar bem, não perdem pontos. Com o desenrolar do campeonato, mais difícil será que não pontuem e por isso temos de ganhar no Estoril”.
Lesões
“O Inácio recuperou, o Quaresma recuperou mais rápido do que esperávamos também, e integram a convocatória. O Daniel Bragança está bem [após toque sofrido frente ao AVS] e é opção para amanhã.
O Edwards e o Pote dificilmente estarão de volta à competição antes da paragem das seleções, porque não queremos arriscar nada. Estamos a contar com esse tempo para recuperarem.”
Maxi
“Está claramente preparado para ser titular e espera a sua oportunidade. Sente-se ainda a diferença na velocidade exigida, que é diferente da do campeonato mexicano, mas fez menos treinos connosco do que o Harder porque esteve na seleção.
Temos feito o Maxi saltar entre posições, o que também atrasa um bocadinho a sua evolução, mas é um jogador internacional que está mais do que preparado”.
Baliza
“Irá manter-se o Franco Israel na baliza. Depois vamos gerindo da melhor forma a posição, sabendo que é diferente das restantes”.
Que te parecem as declarações de Ruben Amorim?
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Nuno Santos
“Tenho uma ligação especial com o Nuno Santos. E aquilo que disse é para que ele usufrua mais, porque isto um dia acaba e ele vai perceber que, preocupado com certas coisas, não viveu o momento. É essa a minha preocupação com o Nuno, porque chateado ou não por não jogar, ele dá o máximo.
Antes da crítica, que não é crítica nenhuma, disse que ele era um dos jogadores mais importantes, que tinha fome, que tinha intensidade, e isso não foi falado.
O Nuno Santos é inteligente e sabe que eu o defendo em todos os momentos. Nem falei com ele sobre o assunto, porque ele conhece-me há muitos anos, fui eu quem o foi buscar, sou eu quem o mete a jogar, e quando tenho que lhe dizer algo faço-o, até com uma abertura que talvez não devesse ter”.
Gyökeres
“O mercado esteve aberto, bastante tempo, e o Viktor não foi vendido. De certeza que, neste momento, não é só a Juventus que está a ver o jogador, mas nós não controlamos o mercado.
O Viktor é nosso jogador e o que importa é que continue a marcar golos pelo Sporting. Acho que não tem qualquer cláusula que impeça a venda em janeiro”.
Limitações
“Não estou sempre descontente, mas conheço a minha equipa e as nossas limitações. Estamos numa fase em que no campeonato já conseguimos implementar e temos consistência, nota-se que o Sporting joga sempre da mesma maneira, mas ainda temos dificuldade na construção quando o nível aumenta, como na Champions League.
Não nos podemos deixar levar por resultados. Há sempre algo a melhorar e não vivo confortável com a história de que o Sporting é imparável. Tenho a certeza de que esta conversa, quando perdermos os primeiros pontos, vai cair e quero prepará-los para isso”.
Plantel curto
“Quando há lesões tem de existir formação. Se preenchermos todo o plantel com 2 jogadores em cada posição não temos espaço para ser um clube formador. Podemos ter um azar, mas um plantel curto é mais competitivo e abre espaço para os jovens na equipa principal do Sporting”.
Segurança defensiva
“Não me surpreende. Estamos mais rápidos e sinto bastante conforto dos jogadores no confronto homem para homem. Estamos no caminho certo mas imagino jogos difíceis, onde jogaremos mais perto da nossa área, e não temos jogadores que defendam tão bem o espaço como o Coates, o Neto e o Feddal o faziam.
Tapa-se de um lado, destapa-se do outro, mas temos crescido muito rápido e eles adaptaram-se bastante bem ao um para um, longe da baliza”.
Rotação
“Antigamente era mais difícil. Há espaço para todos. Tínhamos que crescer enquanto clube e treinador: lidar com jogadores importantes que querem sempre jogar e ter de escolher e fazer uma boa gestão.
O segredo é mantermo-nos em todas as competições, para que todos possam jogar. E faz parte do crescimento da equipa sermos competitivos e todos estarem preocupados. É uma dor de cabeça boa”.
Melhor Sporting
“É o melhor Sporting da era Ruben Amorim, o que tem mais intensidade, confiança e a equipa que acredita mais em si. É o Sporting onde me sinto mais tranquilo sobre aquilo que vai acontecer no jogo, embora sinta a mesma ansiedade sobre o resultado, pela consistência que temos.
Demos um passo em frente e estamos mais perto da ideia que eu tenho para o Sporting”.