Sem rodeios!

A invencibilidade do Sporting no campeonato português vai ser, novamente, testada neste sábado (26), na deslocação dos leões ao reduto do Famalicão , numa das partidas de maior cartaz desta nona jornada da prova. Na antevisão ao jogo, Rúben Amorim elogiou as qualidades do próximo adversário.

Cuidado com o Fama

“Não é só o clube. Naquele estádio vive-se muito o Famalicão. É muito difícil bater as equipas do mister Evangelista. Demorámos muito tempo para bater o Famalicão, mas temos tido mais recentemente bons resultados. O ano passado foi um passo importante na luta pelo título e esperamos o mesmo”, começou por apontar, durante a conferência de Imprensa que decorreu nesta sexta-feira (25).

“É uma equipa com apenas uma derrota e têm sempre jogadores talentosos, que gostam de jogos grandes. Temos alguns jogadores de volta e mais opções. Esta é a principal competição para nós”, contou.

Aos poucos, vários jogadores começam a recuperar das respetivas lesões e voltam a ser opção.

“Descansado nunca estou. São lesões que podem acontecer num treino ou num jogo. Ajuda-nos é a gerir os minutos de toda a gente. É impossível sermos competitivos nas diferentes competições sem o plantel todo. O Pote ainda vai demorar algum tempo a estar no ritmo que estava. O Marcus faz-nos muita falta, especialmente nestes jogos contra blocos mais baixos. É normal estar mais relaxado que há duas semanas”, disse.

Pote no onze ou não, eis a questão

Frente ao Sturm Graz, Pedro Gonçalves voltou à competição entrando aos 70 minutos. Será que vai ser titular no regresso a Famalicão?

“Pode ser titular ou começar do banco, não pode é jogar o jogo todo. Já decidi e vamos ver. Ele marca em quase todos os sítios. Pode começar no banco, ser titular, não pode é fazer o jogo todo. Se for titular, terá de sair em algum momento. Independentemente de precisarmos do Pedro Gonçalves lá, isso é garantido”, assegurou, preferindo não arriscar no tempo de utilização do camisola 8.

O Sporting vai conseguir vencer o Famalicão?

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“Ele não fará o jogo todo. Ainda vou decidir se ele joga… Na verdade, já decidi (risos). Vamos ver se ele joga de início ou entra depois no jogo. É garantido que não fará o jogo todo. Vamos ver se joga de início ou entra depois”, explicou.

Outro voltou à baila, a continuidade ou não de Amorim no Sporting. E caso saia, será que o treinador ajudaria Frederico Varandas a escolher quem o substituísse?

“Não vou dar conselhos. Tenho jeito para o meu trabalho porque só me foco nisso. Não sei quando esse dia vai chegar”, atirou.

Inácio e Bruno Ramos

Neste momento, as únicas baixas são Eduardo Quaresma e Marcus Edwards. “O Inácio não tem conseguido descansar e, por isso, não treina. Sofre dos dois males. Tem-se sacrificado pela equipa. O Matheus Reis também não pode fazer o jogo todo”, contou, antes de falar sobre o jovem Bruno Ramos.

“A vida tem destas coisas. O Bruno não estava a jogar muito na equipa B e foi chamado aos treinos até para não destruir o trabalho dessa equipa. Gostámos muito dele e as características encaixam na nossa forma de jogar. Vai estar com a equipa principal nesta fase e depois fazemos a gestão”, sinalizou.

A estabilidade leonina

No início da semana, o treinador do Gil Vicente, Bruno Pinheiro, teceu rasgados elogios ao trabalho que Rúben Amorim está a realizar ao leme dos campeões nacionais.

“Em Portugal, ninguém tem a estabilidade que eu tenho. E no mundo também é difícil encontrar. No ano em que ganhámos o primeiro campeonato, chegámos a uma fase muito difícil e ganhámos, o que deu uma aura diferente à equipa técnica. Depois foi-nos permitido errar em muitas situações. Nesse aspecto, sinto-me invejado”, considerou.

“Não há nenhum treinador com esta estabilidade e com a mesma qualidade de trabalho. Estou longe de decidir tudo aqui, mas sinto que sou ouvido em todas as decisões que interferem na equipa principal”.

Vai ser duro, avisa Amorim

No entanto, e apesar da campanha imaculada até ao momento na prova, o jovem treinador não vacila.

“Agora, não vamos passear na liga. E vocês já viram que houve oscilações, quando há certos jogadores de características que depois nos faltam em certos jogos. Não acho há oscilação no domínio do jogo, no controlo do jogo. Há uma oscilação na qualidade, no talento, na inspiração. Isso há sempre a oscilação. Vai ser um campeonato muito difícil. Temos aqui uma sequência de jogos muito difícil. Portanto, não vamos passear no campeonato. Vai ser duro”, constatou.

Olhando para o percurso na Champions League, o timoneiro leonino comentou o momento em que festejou o segundo golo da equipa que treina.

“Acho que já tive mais momentos, talvez tenha é sido apanhado. Tinha noção que era um jogo importantíssimo na Liga dos Campeões. Vamos ter pela frente dois gigantes e isso podia gerar alguma desconfiança. Temos também de dar o passo de quando somos favoritos, apresentarmos resultados. Senti que o 0-2 matou o adversário”, explicou.

“Temos essa ambição, obviamente. Estamos num nível, mas não quero aumentar a pressão na equipa. Precisamos de sorte, competência e não ter lesões. Queremos ganhar o campeonato, o esforço no plantel foi feito a pensar no bicampeonato. Queremos muito fazer história”, finalizou.

A receção do Famalicão ao Sporting vai arrancar às 20h30 deste sábado (26) e será arbitrada por Fábio Veríssimo.