O reencontro de Ángel Di María com o Rosario Central, a casa onde tudo começou

Ángel Di María foi oficialmente apresentado como reforço do Rosario Central e protagonizou um dos momentos mais emocionantes para o futebol argentino, nos últimos tempos. Aos 37 anos, o extremo regressa ao clube onde iniciou a sua carreira profissional, concretizando um desejo antigo e carregado de significado pessoal e desportivo.

Durante a conferência de imprensa no Estádio Gigante de Arroyito, Di María não conteve as lágrimas ao falar sobre o regresso: “Eu sonhei há muito tempo com este momento. Infelizmente, quis voltar antes e não foi possível, mas agora é uma realidade. Voltar a casa, com a minha família, é muito mais do que tudo o que conquistei na Europa”, começou por referir, estando igualmente comovido.

O ex-internacional argentino destacou ainda que, apesar da idade, chega com ambições claras: “Aquilo que me falta na minha carreira é ser campeão com o Rosario. Vamos tentar alcançar esse objetivo”, salientou. Com passagens por clubes como Benfica, Real Madrid, PSG, Manchester United e Juventus, “Fideo” trará não só talento, mas também experiência para liderar o plantel.

Apoio de adeptos, amigos e colegas

Por outro lado, a receção dos adeptos foi bastante calorosa. Milhares de fãs encheram as bancadas para celebrar o retorno de um dos filhos pródigos do clube. A emoção tomou conta do ambiente, com cânticos e bandeiras em homenagem ao jogador que, apesar da carreira internacional de topo, nunca escondeu a paixão pelo Rosario Central.

O avançado revelou igualmente que a decisão teve o apoio de amigos e colegas da seleção argentina: “Falei com o Leo [Messi] e com muitos companheiros da seleção. Todos ficaram felizes por verem que estou a realizar este sonho. Eles são mais do que amigos, são como irmãos“, destacou “Di Magia”.

Di María junto com a sua família, durante a apresentação oficial. Foto: Mateo Luis Occhi/Getty Images.

“Não estou a pensar na reforma”

Apesar de muitos verem este regresso como um passo para a reforma, Ángel Di María garante que ainda tem muito para dar no Rosario Central: “Não estou a pensar na reforma. Quero jogar, divertir-me e manter o meu nível. Depois, logo se verá”, explicou. Recordamos que o seu contrato tem a duração de um ano, mas com possibilidade de extensão.

Portanto, este “regresso a casa” representa bem mais do que uma simples transferência. É a celebração de uma carreira completa que se reencontra com as raízes. Um gesto que simboliza amor ao clube, fidelidade às origens e, por fim, uma última dança com a camisola que o viu nascer para o futebol.